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Eleições 2018

- Publicada em 26 de Dezembro de 2017 às 22:45

Para Heinze, PP deve sair do governo antes da convenção

Luis Carlos Heinze quer ser lançado candidato ao Piratini em fevereiro

Luis Carlos Heinze quer ser lançado candidato ao Piratini em fevereiro


/MARIANA CARLESSO/JC
Nome mais lembrado pela base do PP no Rio Grande do Sul para a disputa ao Palácio Piratini em 2018, o deputado federal Luis Carlos Heinze está trabalhando para lançar sua candidatura ao governo do Estado.
Nome mais lembrado pela base do PP no Rio Grande do Sul para a disputa ao Palácio Piratini em 2018, o deputado federal Luis Carlos Heinze está trabalhando para lançar sua candidatura ao governo do Estado.
E já articula para que o partido deixe o governo José Ivo Sartori (PMDB) antes da convenção estadual do PP, que será realizada em 5 de fevereiro e deverá definir o lançamento da sua pré-candidatura ao Piratini. Segundo Heinze, a previsão do PP é deixar a gestão Sartori em março. "Eu insisto que seja antes, estamos conversando sobre isso."
Desde que a senadora Ana Amélia Lemos (PP) manifestou que vai disputar a reeleição, Heinze passou a buscar apoios na legenda para lançar seu nome ao Piratini. E inclusive abriu mão de concorrer novamente à Câmara dos Deputados - ele está no quinto mandato. Também descarta ser vice em outra chapa e diz que a única possibilidade é ser cabeça de chapa. "A base quer candidatura própria", resume.
A intenção de lançar candidatura própria foi manifestada por 92,6% dos dirigentes do PP no Estado. Segundo Heinze, pelo seu tamanho, a tendência é que o PP sempre tenha candidato ao governo, o que já aconteceu em 2014 com Ana Amélia e deve se repetir em 2018. "É o que a base quer. Não adianta a cúpula em Porto Alegre decidir, precisa saber o que os prefeitos e vereadores querem".
Em busca de apoio consensual no partido, Heinze participou de 21 das 28 reuniões regionais do PP neste semestre e esteve em mais de 100 municípios conversando com correligionários.
Além da conversa com Ana Amélia - que, segundo Heinze, seria o nome natural do PP para a disputa ao Piratini -, o deputado buscou apoio dos deputados federais e estaduais, inclusive dos suplentes.
Diz ter obtido apoio e salienta que candidatura própria é importante também para fortalecer o as bancadas do PP no Legislativo. "Todas as vezes em que tivemos candidato a governador, a bancada aumentou", observa Heinze.
Além do seu nome, o mais cotado por prefeitos e vereadores para concorrer pelo PP ao governo do Estado, foram apontados ainda o prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, e a presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Simone Leite.
Mas foi Heinze quem manifestou disposição em concorrer. Ele não acredita em disputa interna.
Em relação a alianças, o deputado diz que os partidos que se coligarem ao PP poderão ocupar uma vaga de candidato ao Senado e o cargo de vice-governador; Heinze fala que já articulações do partido com com outras siglas: PTB, PSB, PR, PRB, DEM, PSDB.
Os tucanos já foram aliados do PP em campanhas para o governo do Estado, mas indicam que lançarão candidato próprio ao Piratini, o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite. O PSDB inclusive já saiu do governo Sartori.
Ainda assim, Heinze cultiva a expectativa de uma composição com os tucanos. "Em poucos municípios, eles têm a organização que o PP tem, a estrutura é menor", compara. E faz referência indireta a um palanque gaúcho para o candidato ao Planalto do PSDB, Geraldo Alckmin, ao lembrar que, em 2014, o candidato à presidência do PSDB, Áecio Neves, teve o espaço da campanha de Ana Amélia ao Piratini.

'Prévia não divide, escolhe', sustenta Geraldo Alckmin

Após o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), ter enviado uma carta cobrando prévias no partido para definir o candidato à presidência da República, o governador de São Paulo e presidente da sigla, Geraldo Alckmin, negou um "racha" na legenda. Alckmin disse ontem que "prévia não divide, prévia escolhe". Os dois postulam ao cargo de candidato a presidente em 2018.
 
"Prévia não divide, prévia escolhe. Você pode escolher em um ambiente mais restrito e você pode escolher em um universo maior. Quanto mais você amplia e escuta, menos você erra, mais você acerta", disse. "As democracias, os partidos não podem ser cartório. Eles precisam dar exemplo de vida democrática."
 
Questionado sobre possível desunião entre tucanos, Alckmin minimizou. "Olha, eu me lembro de uma matéria da imprensa sobre a prévia na capital. Chama 'tucanocídio político'. O resultado do 'tucanocídio' foi vitória no primeiro turno", afirmou o governador, em referência à vitória de João Doria (PSDB) à prefeitura de São Paulo, em 2016.
 
No dia 11, Virgílio escreveu uma carta pedindo que Alckmin acabe com o "disse me disse" sobre prévias. Questionado sobre as críticas, o governador afirmou que tem "grande apreço" pelo colega.