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eleições 2018

- Publicada em 13 de Dezembro de 2017 às 18:25

'Quero ser inocentado para ser candidato', diz ex-presidente Lula

Um dia depois de marcada a data de seu julgamento na segunda instância, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em discurso para a militância, disse que quer ser inocentado para ser candidato à presidência da República no ano que vem. Em nenhum momento, no entanto, demonstrou sinal de querer desistir de eventual candidatura.
Um dia depois de marcada a data de seu julgamento na segunda instância, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em discurso para a militância, disse que quer ser inocentado para ser candidato à presidência da República no ano que vem. Em nenhum momento, no entanto, demonstrou sinal de querer desistir de eventual candidatura.
O petista afirmou, porém, que, se provas forem apresentadas, não disputará a eleição. Lula foi condenado em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro no caso do triplex do Guarujá, a 9 anos e meio de prisão, mas recorreu. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que atua nos casos da Operação Lava Jato, agendou para o dia 24 de janeiro a análise do recurso.
O ex-presidente, que vem fazendo uma caravana por vários estados numa espécie de pré-campanha, disse que seria uma "leviandade" brigar para ser candidato ao Palácio do Planalto, mas reafirmou sua intenção de concorrer. Caso o TRF-4 confirme a condenação imposta em primeira instância, o ex-presidente fica enquadrado na Lei da Ficha Limpa e só poderá concorrer se tiver um efeito suspensivo. O PT já manifestou a intenção de recorrer quantas vezes forem necessárias para garantir que o nome de Lula apareça nas urnas no ano que vem.
"Eu me preocupo, porque a única coisa que eu quero é deixar vocês tranquilos. Eu não quero aqui que vocês tenham um candidato a presidente que esteja escondido na sua candidatura, porque ele é culpado, não quer ser preso e vai ser candidato. Eu não quero. Eu quero ser inocentando para poder ser candidato", disse Lula. E acrescentou: "A única coisa que não quero é ser condenado. Por isso vou brigar até as últimas consequências. Se apresentarem provas contra mim, eu virei numa reunião do PT para dizer que sou culpado e não vou ser candidato. Como eu estou consciente, eles têm a chance. Eu só quero que eles me digam o que estão nos autos do processo", afirmou. O discurso foi em um encontro com parlamentares do PT no Teatro dos Bancários, em Brasília. 
Ao condenar Lula, em 12 de julho, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Moro entendeu que o triplex foi propina, em forma de um presente, da OAS ao ex-presidente. 
 

Declarações de Ciro Gomes sobre julgamento de Luiz Inácio Lula da Silva no TRF-4 irritam PT

Declarações do pré-candidato Ciro Gomes (PDT) sobre o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), marcado para o dia 24 de janeiro, irritaram a cúpula petista.
Em vídeo divulgado nesta terça-feira, pelas redes sociais, Ciro disse que, apesar da presunção de inocência a qual Lula tem direito, "não se pode inverter as coisas" e que "Justiça boa é Justiça rápida".
O tesoureiro nacional do PT, Emídio de Souza, rebateu a declaração. "Justiça boa não é a rápida nem a lenta, é a justa. A que não queima etapas. A que se guia pela regra, não por quem é o réu. Ciro é tão apressado quanto a própria Justiça", afirmou.
Até esta terça-feira, setores do PT cogitavam a possibilidade de apoio a Ciro caso Lula seja impedido de concorrer na reta final da eleição de 2018. Depois da decisão do TRF-4 e da declaração de Ciro, a hipótese fica ainda mais improvável.
A fixação do prazo para julgamento de Lula também tem impacto em outros setores da esquerda, como, por exemplo, o PSOL. O partido aguarda uma resposta de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), ao convite para ser candidato a presidente pela legenda.
Lideranças do PSOL acreditavam que o maior entrave para a decisão de Boulos é a fidelidade do líder sem-teto a Lula. Boulos estaria esperando uma decisão da Justiça antes de aceitar o convite. O partido chegou a estipular prazo até o final de janeiro para Boulos anunciar a decisão. Agora, com o prazo definido para janeiro, o PSOL avalia que aumentaram as chances de o líder sem-teto aceitar o convite.