Recentemente lançado pela prefeitura de Porto Alegre, o Movimento Legalidade chega com a incumbência de acabar com o comércio ilegal nas ruas da Capital. Um comércio que movimenta milhões, mas que não são revertidos aos cofres públicos. Segundo dados apresentados pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), somente em 2016, a comercialização dos produtos piratas gerou, aproximadamente, R$ 954 milhões em evasão fiscal à prefeitura.
Campeão entre os produtos contrabandeados, o cigarro representa 38% do mercado ilegal em Porto Alegre. No entanto, ele não é o único a ganhar as ruas. Basta circularmos um pouco para vermos que tudo está à disposição nas calçadas: celulares, óculos, tênis, brinquedos e uma infinidade de outros itens que as pessoas, iludidas com os valores mais baixos, acabam levando para casa sem se preocuparem com os muitos prejuízos que vêm embutidos neste tipo de compra. Muito mais do que garantir que os impostos sejam revertidos aos cofres da Capital ou do governo do Estado, uma marca registrada - e, portanto, legal - significa o cuidado com a saúde dos consumidores. Por mais que sejam feitas campanhas como essa lançada agora, nada muda se não houver a conscientização da população que comprar produtos piratas é crime, mas, muito mais do que isso, representa um perigo constante a quem se submete a usar produtos de procedência ignorada.
É preciso um trabalho forte na educação do povo, no incentivo do registro de marcas e na fiscalização. É preciso que toda a sociedade atue em conjunto para combater esse mal que avança pelas calçadas de Porto Alegre. A Capital está no caminho certo. Cabe a nós apoiarmos de todas as maneiras para que a pirataria não vença esse jogo.
Presidente do Grupo Marpa