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Opinião

- Publicada em 20 de Dezembro de 2017 às 15:45

Exportação de gado vivo e crueldade

Meu pai tinha um frigorífico. Conheço a dor do abate desde criança. Com seis anos, já ia na mangueira soltar o gado e tanto fiz que fui proibida de frequentar seu local de trabalho. Hoje, combato toda a crueldade cometida contra os animais, inclusive a terrível exportação do gado em pé. Por fazer isso, o senhor Tarso Francisco Pires Teixeira, vice-presidente da Farsul, em artigo publicado, em 18 de dezembro, na página 4/Opinião, do Jornal do Comércio, questiona minha honestidade quando exponho a verdade sobre como é transportado o gado no comércio internacional de animais vivos.
Meu pai tinha um frigorífico. Conheço a dor do abate desde criança. Com seis anos, já ia na mangueira soltar o gado e tanto fiz que fui proibida de frequentar seu local de trabalho. Hoje, combato toda a crueldade cometida contra os animais, inclusive a terrível exportação do gado em pé. Por fazer isso, o senhor Tarso Francisco Pires Teixeira, vice-presidente da Farsul, em artigo publicado, em 18 de dezembro, na página 4/Opinião, do Jornal do Comércio, questiona minha honestidade quando exponho a verdade sobre como é transportado o gado no comércio internacional de animais vivos.
Seu texto diz que a "o embarque é feito com rígidos padrões". Sim, no embarque, o navio parece higiênico. Porém, cinco dias após, em alto mar, tudo está contaminado, inclusive a alimentação. O piso, escorregadio, causa fraturas expostas.
A limpeza é impraticável. Diz, também, que "o animal (...) tem tecnologia agregada no trato e no preparo". Me pergunto que trato e tecnologia seriam? O uso de máquinas de choque para o manejo em um navio de 12 andares? Ou o confinamento, sendo pisoteados e expelindo dejetos de andar em andar? Não estou sozinha nessa luta! Tenho como companhia organizações nacionais e internacionais, e pessoas que são contrárias à crueldade impingida aos animais, neste "negócio" que ele diz ter salvo a pecuária gaúcha. As "boas práticas" não devem estar só na criação, mas no destino que é dado aos animais.
Agendas que temos promovido repercutem na rede de proteção e em autoridades. Essa realidade impactou no secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, e no vice-governador, também criador, José Paulo Cairoli. Isso demonstra o quanto os pecuaristas gaúchos desconhecem das práticas desse comércio. Órgãos sanitários federais têm o dever de acompanhar a carga viva exportada, seres sencientes que são, até seu destino final, quando devem ser insensibilizados antes do abate. Leis, portarias e decretos que estabelecem medidas de proteção não estão sendo cumpridas. Espero que a Farsul, com sua representatividade, contribua para que os fatos sobre essa barbárie venham à tona, exija mudanças e preste esclarecimento à sociedade. A verdade todos devemos encarar.
Deputada estadual (Rede)
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