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Internacional

- Publicada em 20 de Dezembro de 2017 às 15:02

Vices descartam renunciar no Peru

Kuczynski é acusado de receber R$ 5 milhões em serviços de consultoria

Kuczynski é acusado de receber R$ 5 milhões em serviços de consultoria


/ANDINA/AFP/JC
Os dois nomes na linha de sucessão ao cargo de presidente do Peru, caso o Congresso determine hoje a vacância do posto, dizem que não irão renunciar e que estão determinados a continuar o mandato de Pedro Pablo Kuczynski (PPK), previsto para ir até 2021 (no Peru, os mandatos são de cinco anos).
Os dois nomes na linha de sucessão ao cargo de presidente do Peru, caso o Congresso determine hoje a vacância do posto, dizem que não irão renunciar e que estão determinados a continuar o mandato de Pedro Pablo Kuczynski (PPK), previsto para ir até 2021 (no Peru, os mandatos são de cinco anos).
O país tem dois vice-presidentes. O primeiro é Martín Vizcarra, de 54 anos, engenheiro que já foi ministro de Transporte, embaixador no Canadá e governador do departamento de Moquegua. Ao ser informado sobre a abertura de processo de afastamento de PPK, devido a denúncia de que teria recebido propina da construtora brasileira Odebrecht, Vizcarra se encontrava no Canadá, mas já estaria voando de volta a Lima, para acompanhar a votação. De lá, afirmou que, caso tenha de assumir, não planeja convocar novas eleições.
Com ele concorda a segunda vice e também primeira-ministra (cargo equivalente ao de chefe de gabinete) Mercedes Araóz, que assumiria caso Vizcarra renunciasse ou tivesse algum impedimento. "Este governo continuará no poder. O Peru nos elegeu, e nós, os vice-presidentes de PPK, vamos defender seu mandato", disse à imprensa.
Dentro do partido do presidente, o Peruanos pela Mudança, porém, há divisão. Alguns de seus apoiadores consideram grave que ele tenha mentido quando, no passado, afirmou não estar envolvido na trama de corrupção que já causou o início de processos e pedidos de prisão preventiva de dois ex-presidentes, Ollanta Humala (2011-2016), que está na cadeia, e Alejandro Toledo (2001-2006), foragido nos Estados Unidos. Esse grupo estaria exercendo pressão para que toda a cúpula renunciasse. Um dos porta-vozes do partido, Juan Sheput, afirmou que "não se deve descartar um cenário em que os dois vices renunciem e que sejam convocadas novas eleições".
Kuczynski é acusado de receber cerca de US$ 5 milhões em serviços de consultoria à empreiteira entre 2004 e 2013. Nos três primeiros anos dos pagamentos, ele foi ministro de Toledo. O processo de deposição foi apresentado pelo Força Popular, cuja presidente é a filha do ex-mandatário Alberto Fujimori, Keiko Fujimori, pelo esquerdista Frente Ampla e pelo centro-esquerdista Aliança Popular Revolucionária Americana (Apra).
Segundo a lei peruana, a vacância do presidente pode ser declarada nos casos de traição à pátria, impedimento da realização de eleições, dissolução ou impedimento do funcionamento do Congresso e incapacidade moral ou física.
 
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