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Internacional

- Publicada em 17 de Dezembro de 2017 às 19:41

Piñera é eleito presidente do Chile

Candidato de centro-direita, que governou Chile entre 2010 e 2014, obteve 54% dos votos

Candidato de centro-direita, que governou Chile entre 2010 e 2014, obteve 54% dos votos


MARTIN BERNETTI/AFP/JC
Os chilenos foram às urnas ontem para decidir quem será o seu novo presidente, em uma das mais apertadas disputas eleitorais da história recente do país. O ex-presidente Sebastián Piñera, de centro-direita, será o sucessor de Michelle Bachelet na presidência. Com 99,8% das urnas apuradas, ele tinha 54,57% dos votos, contra 45,43% do rival, Alejandro Gullier.
Os chilenos foram às urnas ontem para decidir quem será o seu novo presidente, em uma das mais apertadas disputas eleitorais da história recente do país. O ex-presidente Sebastián Piñera, de centro-direita, será o sucessor de Michelle Bachelet na presidência. Com 99,8% das urnas apuradas, ele tinha 54,57% dos votos, contra 45,43% do rival, Alejandro Gullier.
Há menos de um mês, a vitória de Piñera, que foi presidente do Chile de 2010 a 2014, já era tida como certa. No primeiro turno, ele teve 36% dos votos, mas seu maior rival não foi Guillier, que teve 22% dos votos, mas a abstenção, de 43%.
A batalha deste domingo foi para tirar do sofá os chilenos que não votaram. Desde que o voto deixou de ser obrigatório no país, em 2012, o índice de abstenção só vem aumentando. No primeiro turno, foi recorde: dos 14 milhões de chilenos habilitados a votar, apenas 6,7 milhões compareceram às urnas.
Num domingo de altas temperaturas (por volta dos 30 graus ao meio-dia), via-se pouca movimentação nas ruas. Dados parciais do Serviço Eleitoral do Chile apontam para uma maior abstenção com relação ao primeiro turno.
O primeiro candidato a votar ontem foi Piñera, da aliança Chile Vamos. Depois de oferecer um café da manhã em sua casa, no bairro nobre de Las Condes, em Santiago, para sua equipe de campanha, seus filhos e netos, o ex-presidente se dirigiu à escola República de Alemanha. O centro-esquerdista Alejandro Guillier votou no Liceu Domingo Herrera Rivera, em Antofagasta, por onde é senador, acompanhado por familiares e apoiadores. Dali, dirigiu-se ao aeroporto para viajar a Santiago, onde acompanhou os resultados com seu comando de campanha.
Economista, Piñera defende, em primeiro lugar, o fim às reformas implementadas por Michelle Bachelet - cujo mandato termina em março de 2018. "O que já foi aprovado pelo Congresso, fica", garantiu, em entrevista. Ou seja, não serão revogadas a lei do aborto (em três casos, estupro, má-formação do feto e risco de vida da mãe) nem a gratuidade do Ensino Superior para 60% dos estudantes de renda mais baixa.
Porém, as outras reformas que a presidente ainda tinha em vista serão suspensas. Entre elas: convocar uma nova Constituinte para substituir a Carta em vigor (que é da época da ditadura), a mudança do sistema de aposentadorias - hoje totalmente privado, para um modelo misto com participação do Estado - e o aumento da gratuidade do Ensino Superior para 100%.
Com Piñera (2010-2014), o país conheceu níveis de crescimento do PIB em torno de 4% e 5%. Para este 2017, será de apenas 1,3%. "Nós vamos recolocar o Chile no caminho do crescimento de antes", prometeu.
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