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Internacional

- Publicada em 06 de Dezembro de 2017 às 16:38

Trump reconhece Jerusalém como capital de Israel

Presidente mostra documento em que oficializa mudança de embaixada

Presidente mostra documento em que oficializa mudança de embaixada


/MANDEL NGAN/AFP/JC
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou ontem a transferência imediata da embaixada norte-americana em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. A mudança implica no reconhecimento de Jerusalém como capital israelense, o que é rejeitado especialmente pelo povo palestino, que tem na cidade diversos locais sagrados. Israel conquistou a porção oriental de Jerusalém em 1967, anexando-a em seguida e declarando toda a cidade como sua capital. A medida não foi reconhecida pela comunidade internacional, e a maior parte dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou ontem a transferência imediata da embaixada norte-americana em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. A mudança implica no reconhecimento de Jerusalém como capital israelense, o que é rejeitado especialmente pelo povo palestino, que tem na cidade diversos locais sagrados. Israel conquistou a porção oriental de Jerusalém em 1967, anexando-a em seguida e declarando toda a cidade como sua capital. A medida não foi reconhecida pela comunidade internacional, e a maior parte dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv.
Em discurso televisionado, Trump reforçou que o posicionamento não significa que ele esteja tomando partido no conflito Israel-Palestina. "Vou fazer tudo o que estiver em meu poder para ajudar em um acordo em Israel. Nos mantemos profundamente comprometidos em conseguir a paz entre os dois lados", disse o presidente. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, qualificou a quarta-feira como um "dia histórico" e disse que seu país está "profundamente grato".
O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel havia sido aprovado pelo Congresso dos EUA em 1995, mas nunca chegou a ser colocado em prática. O texto dá ao presidente o poder de adiar a decisão a cada seis meses, sob a alegação de que representa ameaça à segurança. Desde então, todos os ocupantes da Casa Branca enviaram comunicado ao Congresso explicando o adiamento. Em maio, no primeiro vencimento do prazo em seu mandato, Trump fez o mesmo. O novo período acabou na segunda-feira, sem que o presidente enviasse a comunicação ao Congresso.
Líderes de diversos países criticaram a decisão do presidente norte-americano. Enquanto representantes europeus expressaram preocupação, os do Oriente Médio e de nações de maioria muçulmana elevaram o tom nos ataques.
"Declarar Jerusalém como capital é desconsiderar a história e as verdades da região, é uma grande injustiça, crueldade, miopia, loucura e maluquice, e vai mergulhar o mundo em um incêndio sem fim à vista", disse o vice-primeiro-ministro turco, Bekir Bozdag. Segundo o líder da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, a decisão "equivale aos EUA abandonarem seu papel como mediador do processo de paz".
Até mesmo o Papa Francisco se manifestou publicamente sobre o assunto. "Não posso ficar calado sobre minha profunda preocupação com a situação criada sobre Jerusalém. Faço um apelo desesperado para que todos se comprometam a respeitar o status quo da cidade, em conformidade com as resoluções da ONU", declarou o pontífice. 
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou a decisão. "Medidas unilaterais ameaçam a chance de paz entre Israel e palestinos", afirmou. Adversários dos EUA, Rússia e Síria também se posicionaram contra a medida. Mesmo aliados dos norte-americanos, como o Reino Unido e a Alemanha, também se opuseram.
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