Dados divulgados ontem pelo governo norte-americano apontam que as prisões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos aumentaram 40% desde o início da administração de Donald Trump, em janeiro deste ano. No total, 110.568 imigrantes sem documentação ou status legal foram presos desde a posse do novo presidente, no final de janeiro, até o mês de setembro. No mesmo período do ano passado, sob a administração de Barack Obama, o número foi de 77.806.
"Eles estão no radar agora", declarou o diretor da agência norte-americana de imigração, Thomas Homan, em entrevista à imprensa. "Nós vamos encontrá-los em suas casas, em seus empregos. Se alguém está no país ilegalmente, isso é um crime por si só."
O aumento das prisões demonstra a guinada anti-imigração do governo - que já instituiu um decreto contra países de maioria islâmica e, mais recentemente, anunciou sua saída do pacto para proteção de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Homan afirmou que 73% dos imigrantes presos tinham uma condenação criminal - a maioria deles, por infrações de trânsito ou pelo próprio fato de estarem em situação ilegal no país. Ele afirmou que o país está "cumprindo a lei".
O Departamento de Segurança Doméstica destacou que as ações contra imigração ilegal são uma das "prioridades" do governo, e que o objetivo é, além de defender as fronteiras e a segurança nacional, "proteger os empregos dos norte-americanos".