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Internacional

- Publicada em 04 de Dezembro de 2017 às 14:30

Governo manterá fronteira com a Irlanda aberta

Partido norte-irlandês é contra diferenciação do restante do Reino Unido

Partido norte-irlandês é contra diferenciação do restante do Reino Unido


/PAUL FAITH/AFP/JC
Em mais um capítulo da negociação da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), o Brexit, o governo concordou ontem em garantir que as regras econômicas da Irlanda do Norte sigam as leis da UE após a saída do país do bloco. A medida é necessária porque não há barreira física na fronteira entre a Irlanda do Norte (que faz parte do Reino Unido) e a República da Irlanda, que seguirá na UE. Para que a situação permaneça dessa forma, é preciso que os dois lados mantenham regras semelhantes.
Em mais um capítulo da negociação da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), o Brexit, o governo concordou ontem em garantir que as regras econômicas da Irlanda do Norte sigam as leis da UE após a saída do país do bloco. A medida é necessária porque não há barreira física na fronteira entre a Irlanda do Norte (que faz parte do Reino Unido) e a República da Irlanda, que seguirá na UE. Para que a situação permaneça dessa forma, é preciso que os dois lados mantenham regras semelhantes.
Assim, Dublin e Londres concordaram em manter um "alinhamento regulatório" entre as Irlandas após o Brexit. Isso aconteceria mesmo caso as negociações entre Londres e Bruxelas por um acordo comercial fracassem. Mas não está claro, ainda, como ficariam as regras, já que a Irlanda segue as leis do mercado comum europeu, que o Reino Unido vai deixar.
A situação da fronteira irlandesa é um dos principais temas nas negociações do acordo de separação. As desavenças entre ambos os lados vinham travando as negociações nos últimos dias, impedindo que Londres negocie com Bruxelas um acordo comercial para a saída.
Além de Dublin já ter avisado que impediria qualquer negociação comercial enquanto a questão fronteiriça não fosse resolvida, também exigia uma garantia de que não haveria o retorno da chamada "fronteira dura", isso é, a criação de mecanismos físicos que dificultariam a passagem entre a Irlanda do Norte e a Irlanda. A premiê britânica, Theresa May, deu essa garantia ontem também como parte do acordo.
O princípio de acordo fechado nesta segunda-feira foi alvo de crítica do Partido Unionista Democrático, principal partido norte-irlandês e aliado de May. A líder da sigla, Arlene Foster, declarou que a Irlanda do Norte não pode ter uma regra diferente do resto do Reino Unido. "Nós não aceitaremos nenhuma forma de mudança regulatória que separe a Irlanda do Norte política ou economicamente do resto do Reino Unido. A unidade econômica e constitucional não pode ser comprometida de nenhuma forma", argumentou.
Já a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, afirmou que, caso a Irlanda do Norte tenha regras especiais após a saída, a Escócia vai reivindicar o mesmo tratamento. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, também disse que vai pedir regras especiais para a cidade após o Brexit. Tanto Londres quanto Escócia querem permanecer no mercado europeu após o Brexit, mesmo que o resto do Reino Unido fique de fora.
 
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