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Saúde

- Publicada em 01 de Dezembro de 2017 às 17:35

Casos de Aids caem 5,2% em relação a 2015 no País

Das 830 mil pessoas que viviam com HIV, 84% já estão diagnosticadas

Das 830 mil pessoas que viviam com HIV, 84% já estão diagnosticadas


/FREDY VIEIRA/JC
Os casos de Aids e a mortalidade provocada pela epidemia estão caindo no Brasil. Isso é o que aponta a mais recente edição do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, lançado pelo Ministério da Saúde na sexta-feira, em alusão ao Dia Mundial de Combate à Aids. A publicação indica que, em 2016, a taxa de detecção foi de 18,5 casos por 100 mil habitantes, uma redução de 5,2% em relação a 2015, com 19,5 casos. Quanto à mortalidade, observa-se uma queda de 7,2% a partir de 2014, quando foi ampliado o acesso ao tratamento. Em 2014, houve 5,7 óbitos por 100 mil habitantes e, em 2016, 5,2.
Os casos de Aids e a mortalidade provocada pela epidemia estão caindo no Brasil. Isso é o que aponta a mais recente edição do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, lançado pelo Ministério da Saúde na sexta-feira, em alusão ao Dia Mundial de Combate à Aids. A publicação indica que, em 2016, a taxa de detecção foi de 18,5 casos por 100 mil habitantes, uma redução de 5,2% em relação a 2015, com 19,5 casos. Quanto à mortalidade, observa-se uma queda de 7,2% a partir de 2014, quando foi ampliado o acesso ao tratamento. Em 2014, houve 5,7 óbitos por 100 mil habitantes e, em 2016, 5,2.
Além disso, o Ministério da Saúde afirma que o tempo para que o paciente diagnosticado inicie o tratamento diminuiu. Hoje, a pessoa começa a se tratar na rede pública no máximo 41 dias após o diagnóstico. Em 2014, demorava 101 dias.
O perfil da Aids demonstra que, nos últimos dez anos, houve uma tendência de queda de casos em mulheres e aumento entre homens. Em 2016, foram 22 casos em homens para cada 10 casos em mulheres. Em relação à faixa etária, a taxa de detecção quase triplicou entre os homens de 15 a 19 anos, passando de 2,4 casos por 100 mil habitantes em 2006 para 6,7 casos em 2016. Entre homens com 20 a 24 anos, passou de 16 casos por 100 mil habitantes em 2006 para 33,9 em 2016. Já entre as mulheres, houve aumento da doença naquelas de 15 a 19 anos - 3,6 casos para 4,1. Também houve crescimento entre idosas acima dos 60 anos, passando de 5,6 para 6,4 casos por 100 mil habitantes.
Quanto à forma de transmissão, a doença cresce entre homens que fazem sexo com homens. Isso significa que houve uma mudança no perfil de transmissão nos últimos dez anos, quando era mais frequente entre heterossexuais. Na comparação a 2006, observa-se um aumento de 33% nos casos de transmissão de homens que fazem sexo com homens.
Da mesma forma, foi registrada queda de 34%, em todo o País, na taxa de detecção de HIV/Aids em menores de cinco anos, de 3,6 casos em 2006 para 2,4 por 100 mil habitantes em 2016. Entre gestantes, os casos de Aids aumentaram de 2,3 por 100 mil habitantes em 2006 para 2,6 em 2016.
Dados do Relatório de Monitoramento Clínico do HIV mostram que, das 830 mil pessoas com HIV no País, 84% já haviam recebido diagnóstico. Destas, 72% estavam em tratamento antirretroviral, sendo que 91% já tinham carga viral indetectável. "Isso revela que estamos próximos de atingir a meta 90-90-90 estipulada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids. Quanto mais pessoas diagnosticadas e em tratamento precoce, teremos menos pessoas doentes, e menos vírus sendo transmitido", comemora Adele Benzaken, diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. As metas estipulam que, até 2020, todas as pessoas vivendo com HIV no País sejam diagnosticadas, 90% dos diagnosticados estejam em tratamento, e 90% das pessoas em tratamento alcancem carga viral indetectável. A Secretaria Estadual da Saúde deve divulgar hoje os dados referentes ao Rio Grande do Sul.

Porto Alegre é campeã de mortalidade e de casos detectados

Em 2016, Porto Alegre foi a capital campeã de mortalidade por Aids, com 22,4 óbitos para cada 100 mil habitantes, 76,7% superior ao coeficiente nacional. A taxa sofreu leve queda em relação a 2015, quando foram registrados 23,7 óbitos para cada 100 mil habitantes.
O Rio Grande do Sul deixou de ser o estado campeão de casos diagnosticados, passando para o segundo lugar, com 31,8 casos para cada 100 mil habitantes. O primeiro lugar ficou com Roraima, que possui 33,4 casos para cada 100 mil habitantes. Porto Alegre, no entanto, continua sendo a capital com mais casos diagnosticados, apesar de ter reduzido o percentual de 74 para 65,9 casos para cada 100 mil habitantes - mais que o dobro da taxa gaúcha e 3,6 vezes maior do que a taxa brasileira.
A Capital segue sendo a com mais casos detectados de HIV em gestantes, com 20 casos para cada mil bebês nascidos vivos, quantidade 7,7 vezes maior do que a taxa nacional e 2,2 vezes maior do que a estadual. Mesmo assim, o número é inferior aos 22,9 casos para cada mil nascidos vivos de 2015, taxa 8,4 maior do que a nacional e 2,3 superior à estadual.
A maior taxa de casos detectados entre menores de cinco anos de idade foi no Rio Grande do Sul, com 5,4 casos por 100 mil habitantes. Na Capital, a taxa foi maior que o dobro da gaúcha, com 11,8 casos por 100 mil habitantes.