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Economia

- Publicada em 28 de Dezembro de 2017 às 19:12

PIB do Brasil vai crescer 2% em 2018

Maior avanço será registrado no Panamá, com aumento de 5,5%, mostra a projeção feita pela Cepal

Maior avanço será registrado no Panamá, com aumento de 5,5%, mostra a projeção feita pela Cepal


/RODRIGO ARANGUA/AFP/JC
O Brasil deve crescer 2% em 2018 e vai ajudar a melhorar o Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina, prevê a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em relatório de previsões para a região. Em 2017, a economia brasileira deve avançar 0,9%, pondo fim aos dois anos de recessão que marcaram 2015 e 2016.
O Brasil deve crescer 2% em 2018 e vai ajudar a melhorar o Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina, prevê a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em relatório de previsões para a região. Em 2017, a economia brasileira deve avançar 0,9%, pondo fim aos dois anos de recessão que marcaram 2015 e 2016.
"O resultado regional em 2018 será explicado em parte pelo maior dinamismo que apresentará o crescimento econômico do Brasil", destaca o relatório da Cepal, que prevê alta de 2,2% para o PIB da América Latina no ano que vem, acima do patamar de 1,3% previsto para 2017.
A avaliação da Cepal é que a economia brasileira está melhorando, depois da severa crise de 2015 e 2016, mas em 2017 os indicadores de demanda e produção "ainda não mostram um quadro de recuperação sustentável". O consumo, ressalta o documento, foi beneficiado por medidas pontuais, como os saques das contas inativas do FGTS. No começo de 2017, a visão da Cepal era de que o PIB brasileiro não fosse crescer mais de 0,4% no período.
Apesar do esforço do governo de Michel Temer para ajustar as contas públicas, a Cepal ressalta que o déficit público segue elevado e que a dívida do governo mantém sua trajetória de crescimento. Dados divulgados nesta quinta-feira, 28, pelo Banco Central mostram que a relação dívida bruta/Produto Interno Bruto, um dos principais indicadores de solvência de um país, ficou em 74,4% em novembro ante 69,9% do final de 2016.
"A agenda fiscal segue formando parte principal do enfoque da política econômica", ressalta o relatório da Cepal. Em meio à tentativa de melhorar as contas públicas, a instituição ressalta que o Brasil não tem condições de usar a política fiscal para estimular a economia. "A estabilização da dívida requer uma recuperação do crescimento", ressalta o documento.
A queda das taxas de juros, que, em dezembro, recuaram para a mínima histórica, deve ajudar a impulsionar o crédito e o investimento fixo, de acordo com o relatório. Se os preços das commodities continuarem favoráveis e não ocorrerem movimentos especulativos nos fluxos internacionais de capital, por conta de tensões políticas, o PIB do Brasil deve crescer mais em 2018, ressalta a Cepal.
Além do Brasil, maior economia da região, outros países da América Latina devem ter PIB maior em 2018, segundo as previsões da Cepal: o Chile deve avançar 2,8% ante 1,5% em 2017; a Colômbia deve ter expansão de 2,6% ante 1,8%; e o Peru pode crescer 3,5% ante 2,5%.
O Panamá é a economia da região que deve ter maior crescimento, de 5,5%, seguida de República Dominicana (5,1%) e Nicarágua (5,0%). Já a Venezuela deve encolher 5,5%, menos que os 9,5% de 2017. A expansão das principais economias da América Latina deve continuar sendo puxada pela demanda doméstica. Ao mesmo tempo, a expectativa é que aumente a contribuição do investimento para a expansão do PIB da região.
Para a Cepal, o ambiente externo deve seguir favorável em 2018. O PIB mundial deve crescer em torno de 3%, mesmo patamar de 2017, mas as economias emergentes devem mostrar maior dinamismo. "No plano monetário, será mantida uma situação de liquidez ampla e baixas taxas de juros internacionais."
Apesar do contexto internacional mais favorável, a Cepal alerta que "persistem alguns desafios e riscos latentes que podem afetar a consolidação do crescimento no médio prazo".
Entre estes riscos, o documento da Comissão cita as incertezas originadas pela normalização das condições monetárias pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão. Além disso, a reforma tributária de Donald Trump pode "trazer consigo uma maior volatilidade financeira, produto do aumento dos fluxos de capitais em direção" aos Estados Unidos.
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