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Economia

- Publicada em 26 de Dezembro de 2017 às 18:03

Bndes endurece relações com a Eletronuclear

Companhia está com dificuldade para manter usinas em operação

Companhia está com dificuldade para manter usinas em operação


ELETRONUCLEAR /DIVULGAÇÃO/JC
O Bndes só voltará a negociar com a Eletronuclear o equacionamento de sua dívida de R$ 2,6 bilhões quando tiver uma definição sobre o futuro da usina nuclear de Angra 3, segundo a diretora de Infraestrutura do banco, Marilene Ramos. Ela afirma que a Eletronuclear não pode culpar o Bndes por eventuais dificuldades financeiras para manter em operação as usinas de Angra 1 e 2. O banco passou a cobrar desde setembro o pagamento mensal de R$ 30 milhões referente aos juros da dívida para a construção de Angra 3.
O Bndes só voltará a negociar com a Eletronuclear o equacionamento de sua dívida de R$ 2,6 bilhões quando tiver uma definição sobre o futuro da usina nuclear de Angra 3, segundo a diretora de Infraestrutura do banco, Marilene Ramos. Ela afirma que a Eletronuclear não pode culpar o Bndes por eventuais dificuldades financeiras para manter em operação as usinas de Angra 1 e 2. O banco passou a cobrar desde setembro o pagamento mensal de R$ 30 milhões referente aos juros da dívida para a construção de Angra 3.
O financiamento total foi de R$ 6 bilhões, dos quais R$ 2,6 bilhões foram liberados durante a construção da usina, que teve as obras paralisadas devido ao envolvimento em irregularidades reveladas na Operação Lava-Jato. O presidente do Bndes, Paulo Rabello de Castro, deve se reunir com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, para tratar do caso.
Marilene Ramos explicou que o banco já prorrogou por duas vezes o pagamento dos juros, uma em julho do ano passado que venceu em fevereiro de 2017. Foi então feita nova prorrogação que terminou em setembro.
"A Eletronuclear tem falado que pode ficar sem recursos para pagar o combustível para Angra 1 e 2. O Bndes exerce seu direito e dever porque temos de zelar pelos recursos públicos. Quando o crédito foi dado, a Eletrobras deu seu aval. Nem os órgãos de controle nem o Banco Central permitem que continuemos a flexibilizar sem ter uma decisão do que vai acontecer com o projeto (Angra 3)."
Endividada e com obras paralisadas, Angra 3 não precisa apenas da entrada de um parceiro privado para viabilizar sua entrada em operação. A retomada do empreendimento, que começou a ser construído em 1984, depende de decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Um dos aspectos em discussão é o aumento da tarifa da usina, fixada hoje em R$ 238 o megawatt/hora (MWh), para R$ 390. Ou seja, para tirar o projeto do papel é necessária uma decisão política, um sócio disposto a investir cerca de R$ 13 bilhões e uma tarifa que é quase o dobro do estimado anteriormente.
Além do impasse com o Bndes há dívidas também com a Caixa Econômica Federal, que somam R$ 2,8 bilhões. Com a paralisação das obras, os problemas financeiros estão se agravando. Daí a necessidade de intensificar as negociações com empresas parceiras em busca de um sócio privado. A Eletronuclear já assinou memorando de entendimentos visando a uma futura parceria com a empresa chinesa China National Nuclear Corporation (CNNC) e a russa Rosatom.
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