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Turismo

- Publicada em 25 de Dezembro de 2017 às 22:19

Grandes eventos impulsionam turismo em Porto Alegre

Pontos tradicionais, gastronomia e comércio local estão entre os atrativos para o público

Pontos tradicionais, gastronomia e comércio local estão entre os atrativos para o público


/JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
O ano de 2017 rendeu 21 eventos captados pelo Porto Alegre Convention & Visitors Bureau (POA-CVB) para a cidade. Somados aos que já estavam agendados antes do início deste ano, a Capital passa a contar com a certeza de que pelo menos 66 congressos, seminários e outros acontecimentos do gênero ocorram até 2023. De acordo com o presidente da entidade, Maurício Cavichion, a tendência é melhorar. "Neste ano, o resultado já foi bem melhor que em 2016, quando foram captados apenas 10 eventos. E, para 2018, estamos bastante animados."
O ano de 2017 rendeu 21 eventos captados pelo Porto Alegre Convention & Visitors Bureau (POA-CVB) para a cidade. Somados aos que já estavam agendados antes do início deste ano, a Capital passa a contar com a certeza de que pelo menos 66 congressos, seminários e outros acontecimentos do gênero ocorram até 2023. De acordo com o presidente da entidade, Maurício Cavichion, a tendência é melhorar. "Neste ano, o resultado já foi bem melhor que em 2016, quando foram captados apenas 10 eventos. E, para 2018, estamos bastante animados."
A estratégia utilizada nos últimos 12 meses, segundo Cavichion, foi apostar em uma "ação mais agressiva e personalizada junto a dirigentes de entidades" - como a Sociedade Gaúcha de Anesteologia, por exemplo - com potencial para realizar algum evento na cidade. Para o próximo ano, o POA-CVB traçou um plano comercial (cujo cronograma se estende até 2030), em que estão mapeadas 78 associações com possibilidade de eventos prevista.
"Iremos realizar a abordagem, mostrando os diferenciais de Porto Alegre em relação a outros destinos, e pontuando o quanto essas realizações podem gerar de impacto econômico no comércio e trade local", afirma Cavichion. Já no caso de eventos corporativos (com lançamentos e vendas de produtos da indústria - que, em geral, são realizados no Sudeste e Nordeste, ou em Gramado e Bento Gonçalves, quando em solo gaúcho), a ideia é passar o conceito do que se produz e que se pode reverter em benefício da cidade.
De acordo com a estimativa do presidente do POA-CVB, os 21 eventos captados em 2017 irão movimentar R$ 29 milhões na Capital. E, até 2023, os mais de 65 acontecimentos previstos, juntos, irão gerar um impacto de R$ 143 milhões para a economia local (com a circulação de aproximadamente 100 mil turistas no período). "A cada R$ 1,00 investido no custo de captação da entidade (mantida por diversos segmentos do setor), retornam R$ 36,00 para o comércio e a hotelaria."
O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), Henry Chmelnitsky, embasa a importância de investir nos projetos da entidade captadora de eventos. "O trabalho do POA-CVB é extremamente importante, uma vez que busca novas oportunidades para o turismo de eventos na Capital." O Sindha está entre os maiores investidores do POA-CVB, tendo injetado R$ 300 mil em projetos da entidade durante 2017.
No caso do impacto da permanência de congressistas visitantes em Porto Alegre, o diretor de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SMDE) de Porto Alegre, Roberto Snel, observa que, para cada R$ 1,00 investido em turismo de negócios na Capital, o retorno para a economia local é de 1,5%. Outros dados apresentados por Snel mostram que, nesta mesma situação, o varejo é impactado, em média, na ordem de 30% a 40% (acima da média nacional, que é de 17% a 25%). "O resultado da presença de congressistas de negócios é muito positivo para o comércio da cidade, sendo que o tíquete médio fica em torno de R$ 300,00 a R$ 400,00 por dia", destaca o diretor de Turismo da SMDE. Conforme Snel, no primeiro semestre de 2017, a arrecadação de tributos vinculados à atividade turística (contando outros segmentos) na cidade foi de R$ 8,95 milhões - representando um aumento de 5,9% em relação ao mesmo período de 2016.
"Todo evento de negócios que ocorre em Porto Alegre tem reflexo imediato na hotelaria", afirma o presidente do Sindha. "Logo depois, esse impacto se estende para a gastronomia", completa. Chmelnitsky destaca que outros acontecimentos, como shows, alteram a curva da ocupação hoteleira, que tem ficado em média no patamar de 44%. "Quanto maior o número de participantes do evento, maior a ocupação", reforça.

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Chmelnitsky diz ser importante fomentar mais programações

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MARCO QUINTANA /JC
Entre os grandes eventos (envolvendo um número significativo de pessoas) captados para Porto Alegre em 2017 estão o Congresso Brasileiro de Controle e de Infecção e Epidemiologia Hospitalar, que será realizado em março de 2018, com 2,5 mil participantes; o 33º Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear, que acontece em novembro de 2019, com 800 pessoas previstas; o Congresso Brasileiro de Psiquiatria, agendado para outubro de 2020, que contará com a presença de 7 mil pessoas; e o World Congress on Brain Behavior and Emotions, em abril de 2021, contando com 5 mil congressistas. São aguardados, ainda, o ISA - Fórum de Sociologia, em novembro de 2020, e o 70º Congresso Brasileiro de Anestesiologia, em dezembro de 2022, compreendendo juntos 4 mil visitantes.
"Esta é uma demonstração do quanto a cidade vem se mostrando atrativa como destino para o promotor e realizador de eventos", afirma o presidente do POA-CVB, Maurício Cavichion. "Não é sem razão que a capital gaúcha figura entre as cidades brasileiras que mais sediam eventos internacionais, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, segundo o ranking da International Congress & Convention Association (ICCA), em 2016", observa. Para o dirigente, um dos principais desafios na captação de novos projetos é cultural. "O gaúcho ainda não aposta tanto na Capital como destino ideal para receber um evento."
Henry Chmelnitsky destaca que o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), que é apoiador do POA-CVB, deverá também trabalhar em parceria com a holding Beira-Rio S.A. (Brio S.A.) no sentido de fomentar novos eventos para ampliar estas iniciativas na cidade. Para ele, ainda há gargalos, a exemplo da ausência de um centro de convenções moderno, com capacidade para um maior número de pessoas, e capaz de envolver países do Mercosul. "Nossa localização é extremamente privilegiada. Pensando nisso, estamos trabalhando nesta linha para o próximo ano."