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Economia

- Publicada em 20 de Dezembro de 2017 às 16:51

Ipea prevê crescimento da economia de 1,1% este ano e 3% em 2018

Agência Brasil
O Brasil deverá manter para o próximo ano a continuidade do processo de "recuperação cíclica" da economia, com o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas) fechando 2018 com expansão de 3%.
O Brasil deverá manter para o próximo ano a continuidade do processo de "recuperação cíclica" da economia, com o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas) fechando 2018 com expansão de 3%.
Essa e outras previsões constam da seção Visão Geral da Carta Conjuntura 37ª, com previsões da economia para o próximo ano, que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) está divulgando hoje (20).
Nela, ele condiciona a continuidade do atual processo de recuperação cíclica da economia, apontando para uma trajetória de convergência gradual rumo a uma situação de crescimento sustentado, ao equacionamento "de modo crucial" da questão fiscal no país.
Para o Ipea, apesar das dificuldades correntes de aprovação, no Congresso Nacional, de medidas fundamentais do ajuste fiscal - em particular a reforma da Previdência - o ambiente externo continuará "provendo liquidez suficiente durante o período de transição, enquanto as medidas de ajuste não forem adotadas".
No estudo, o Ipea procura traçar um panorama do cenário econômico atual no Brasil, com projeções para PIB, inflação, câmbio, exportações, importações, juros, investimentos, indústria, serviços, agropecuária, consumo das famílias e consumo do governo.
Na visão do instituto, as projeções de crescimento de 1,1% para o PIB deste ano se baseiam na expansão da agricultura, do consumo privado, das exportações líquidas e estoques.
"Já o crescimento de 3% projetado para 2018 deve se justificar pelo avanço da indústria e do setor de serviços, e pelos gastos privados de consumo e investimento", diz o documento.
Em sua publicação sobre as projeções da economia para os próximos meses e para o fechamento de 2018, economistas do Ipea projetam uma inflação de 2,9% para 2017 e de 4% em 2018.
"Com a queda da inflação e as expectativas para o futuro ancoradas, ao final de 2018, em nível próximo da meta de 2019 (4,25%), espera-se que o Banco Central conclua o atual ciclo de afrouxamento monetário no começo de 2018 e mantenha a meta da taxa Selic no patamar de 6,75% ao ano até o final do ano".
A avaliação do Grupo de Conjuntura é que o PIB venha a crescer 2,3% neste quarto trimestre do ano em relação ao mesmo trimestre de 2016.
Pela ótica da oferta, a avaliação é de que "todos os componentes devem apresentar taxa de crescimento positivo em relação ao quarto trimestre de 2016: 2,7% para a indústria, 2% para os serviços e 0,4% para a agropecuária. A agropecuária cai em relação ao terceiro trimestre de 2017, mas a indústria e os serviços crescem".
Já pela ótica da despesa, a previsão é que o consumo das famílias deve crescer 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, e o investimento agregado deve apresentar crescimento de 2,9% na mesma base de comparação - primeira variação positiva desde o primeiro trimestre de 2014.
"Espera-se que as exportações líquidas também contribuam positivamente para o crescimento: aumento de 6,3% das importações e de 12,9% das exportações. O único componente a apresentar queda em relação ao quarto trimestre de 2016 é o consumo do governo, que deverá retrair 0,8%" analisa o documento.
O Ipea espera "crescimento nulo" do consumo público em 2018. É aguardado, ainda, um aumento mais forte das importações (7,8%) e das exportações (4,3%). "Esta elevada taxa de crescimento das importações é condizente com a expansão da renda doméstica e do investimento ao longo do ano".
Apesar das elevadas taxas de desemprego, com o país registrando mais de 12 milhões de pessoas desocupadas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a Visão Geral da Carta de Conjuntura é de que os dados "apontam que um dos suportes para a recuperação em curso [da economia] tem sido o mercado de trabalho".
"A taxa de desemprego caiu de 13,7% no primeiro trimestre de 2017 para 12,2% no trimestre encerrado em outubro. Sem ignorar que a taxa de desemprego ainda é muito elevada, e que ainda há 12,7 milhões de pessoas em busca de trabalho, cabe destacar que essa reversão vem ocorrendo mais rapidamente que o esperado", finaliza o estudo.
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