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DESENVOLVIMENTO

- Publicada em 14 de Dezembro de 2017 às 22:19

PIBs de cidades industriais foram os mais afetados em 2015

Risco e Rocha apresentaram dados de desenvolvimento dos municípios

Risco e Rocha apresentaram dados de desenvolvimento dos municípios


/FEE/DIVULGAÇÃO/JC
Foi a riqueza dos municípios industriais a mais afetada em 2015 pela crise econômica iniciada dois anos antes, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) das cidades gaúchas. Um dos maiores símbolos do impacto no setor industrial é a queda do PIB em cidades como Caxias do Sul, que cedeu o topo do ranking de maior Valor Adicionado Bruto (VAB) do segmento para Porto Alegre. De acordo com o economista do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Guilherme Risco, a retração econômica acertou em cheio os setores metalmecânico e o automotivo, com significativo peso na economia do município serrano.
Foi a riqueza dos municípios industriais a mais afetada em 2015 pela crise econômica iniciada dois anos antes, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) das cidades gaúchas. Um dos maiores símbolos do impacto no setor industrial é a queda do PIB em cidades como Caxias do Sul, que cedeu o topo do ranking de maior Valor Adicionado Bruto (VAB) do segmento para Porto Alegre. De acordo com o economista do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Guilherme Risco, a retração econômica acertou em cheio os setores metalmecânico e o automotivo, com significativo peso na economia do município serrano.
Com forte presença de fabricantes de veículos, Gravataí também não passou incólume e ficou entre aqueles que tiveram as maiores perdas de participação no PIB do Estado. Neste quesito, Caxias do Sul teve queda 0,9 pontos percentuais e Gravataí 0,5 pontos percentuais, ambos liderando as perdas. Outra cidade que teve mudança significativa em seu PIB foi Bento Gonçalves, que, de acordo com Risco, está relacionada diretamente a menor demanda no setor moveleiro em meio a perda de poder de compra do consumidor. Apenas entre 2014 e 2015 a cidade despencou de 6º maior VAB industrial do Estado para a 10ª posição, caindo de R$ 1,78 bilhão para R$ 1,62 bilhão, sem contar a inflação.
"Na contramão dessa crise, melhoraram suas posições no ranking as cidades de Canoas e Triunfo, graças à recuperação de preços de combustíveis e petroquímicos", esclarece Risco, que apresentou os dados juntamente com Roberto Rocha, coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE. Enquanto Canoas se beneficiou da presença da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) e da retomada dos preços dos combustíveis em 2015, Triunfo ganhou com a produção e os preços de venda de insumos produzidos no Polo Petroquímico. Por outro lado, no Sul do Estado, a forte vinculação com a produção de petróleo e a crise dos investimentos da Petrobras foram duramente registrados no PIB de Rio Grande. Em 2013, a cidade estava em seu auge e alcançou a 5ª posição entre os maiores PIBs do Estado.
"Em 2014 caiu para 8ª posição e despencou para 10ª em 2015. O PIB da cidade encolheu 10,7% nesse período o que, em valores, sem contar inflação, representou R$ 873 milhões a menos", calcula o economista.

Outros dados do diagnóstico

O município com maior PIB no Estado foi Porto Alegre (R$ 68,1 bilhões), seguido por Caxias do Sul, Canoas, Gravataí, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Triunfo, Pelotas e Rio Grande.
Porto Alegre apresentou, em 2015, o maior VAB de serviços do Estado (22,9% do setor), seguido por Caxias do Sul (5,18%), Canoas (3,84%), Passo Fundo (2,53%) e Pelotas (2,51%).
O maior VAB da agropecuária foi de Cachoeira do Sul (1,4%), onde as produções de soja e arroz são as principais atividades. Destaque também para Uruguaiana (1,4%), Tupanciretã (1,3%), Dom Pedrito (1,3%) e Alegrete (também 1,3%).
Os dados também demonstram que quatro municípios gaúchos estão entre os 100 maiores PIBs do Brasil: Porto Alegre (6º), Caxias do Sul (40º), Canoas (50º) e Gravataí (92º).
O município com maior PIB per capita no Estado em 2015 continua sendo Triunfo, devido às atividades do Polo Petroquímico. Na sequência, destacam-se Pinhal da Serra e Aratiba, ambos pela atividade de geração de energia.
Detêm os menores níveis de renda per capita as cidades de Alvorada (R$ 11.353,07), Caraá (R$ 11.408,6) e Ametista do Sul (R$ 11.499,03). Para se ter uma ideia do que esses valores representam, o PIB per capita do Rio Grande do Sul foi de R$ 33.960,36 em 2015.
 

Sete municípios detinham um quarto de toda economia brasileira

Triunfo, puxado pela indústria petroquímica, foi destaque no Estado

Triunfo, puxado pela indústria petroquímica, foi destaque no Estado


/INNOVA/DIVULGAÇÃO/JC
Em meio à recessão econômica, a riqueza permanecia concentrada no País. Em 2015, sete municípios detinham um quarto da economia brasileira, de acordo com os dados do Produto Interno Bruto dos Municípios 2015.
Os maiores geradores de riqueza naquele ano foram São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e Porto Alegre. Juntos, esses municípios representavam 24,9% de toda a riqueza nacional, embora reunissem apenas 14,3% da população brasileira.
São Paulo respondia sozinho por 10,9% do PIB brasileiro, 0,1 ponto percentual a mais do que no ano anterior, totalizando uma geração de R$ 650,545 bilhões no ano. Segundo o IBGE, não houve alteração significativa na fatia dos municípios mais ricos em relação ao ano anterior. Manaus subiu para a sexta posição, ocupando o lugar que era de Porto Alegre, agora no sétimo lugar do ranking.
Quando somados os 64 municípios mais ricos em 2015, chegava-se à metade do PIB nacional. Ou seja, apenas 1,1% dos 5.570 municípios brasileiros geravam 50% da riqueza do País. Por outro lado, os 1.353 municípios mais pobres, cerca de 25% deles, responderam por 1,0% do PIB nacional. Nesta faixa, estavam 73,2% dos municípios do Piauí, 59,6% dos municípios da Paraíba, 51,8% dos municípios do Tocantins e 48,5% dos municípios do Rio Grande do Norte.
Em 2015, os 557 municípios com os maiores fatias no PIB geraram 94,1 vezes mais renda que os 3.342 municípios mais pobres. Os municípios das capitais concentraram 33,1% do PIB naquele ano, com São Paulo na liderança do ranking de geração de riqueza e Palmas em último lugar.
Na lista dos 10 municípios "não capitais" com maior geração de renda figuraram Osasco (SP), com 1,1% do PIB; Campinas (SP), 0,9%; Guarulhos (SP), 0,9%; Barueri (SP), 0,8%; São Bernardo do Campo (SP), 0,7%; Jundiaí (SP), 0,7%; São José dos Campos (SP), 0,6%; Duque de Caxias (RJ), 0,6%; Campos dos Goytacazes (RJ), 0,6%; e Sorocaba (SP), 0,5%. Segundo o IBGE, o município de Presidente Kennedy, no Espírito Santo, voltou a registrar o maior PIB per capita do País em 2015: R$ 513.134,20. No mesmo ano, o PIB per capita brasileiro foi de R$ 29.323,58. No segundo lugar do ranking de maior PIB per capita ficou Paulínia, em São Paulo, com R$ 276.972,13. Em terceiro, Louveira, também em São Paulo, com R$ 271.206,13. Os demais destaques foram Triunfo (RS), R$ 268.381,39; Selvíria (MS), R$ 246.333,22; Gavião Peixoto (SP), R$ 228.391,19; Ilhabela (SP), R$ 222.527,69; São Francisco do Conde (BA), R$ 219.845,83; São João da Barra (RJ), R$ 211.946,00; e Araporã (MG), R$ 200.226,33.
O IBGE informou que Presidente Kennedy (ES), São João da Barra (RJ) e Ilhabela (SP) eram municípios produtores de petróleo. Paulínia (SP) e São Francisco do Conde (SP) detinham indústria de refino. Louveira (SP) concentrava centros de distribuição de grandes empresas, enquanto Triunfo (RS) era sede de um polo petroquímico. Selvíria (MS) e Araporã (SP) sediavam hidrelétricas. Gavião Peixoto (SP) possuía uma indústria de outros equipamentos de transporte.