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energia

- Publicada em 11 de Dezembro de 2017 às 17:54

Marco regulatório do gás natural terá efeito limitado no GLP

Novas regras de exploração e distribuição devem atrair investidores

Novas regras de exploração e distribuição devem atrair investidores


AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
O preço do gás de cozinha já aumentou quase 70% neste ano, mas esse tema não faz parte do debate que ocorre em torno da aprovação do marco regulatório do setor. O Congresso Nacional se prepara para votar o texto na comissão especial da Câmara dos Deputados até a próxima semana, mas o objetivo das discussões é garantir que as novas regras de exploração e distribuição do gás natural atraiam mais investidores, em especial, para que possa ser construída a infraestrutura de transporte desse insumo.
O preço do gás de cozinha já aumentou quase 70% neste ano, mas esse tema não faz parte do debate que ocorre em torno da aprovação do marco regulatório do setor. O Congresso Nacional se prepara para votar o texto na comissão especial da Câmara dos Deputados até a próxima semana, mas o objetivo das discussões é garantir que as novas regras de exploração e distribuição do gás natural atraiam mais investidores, em especial, para que possa ser construída a infraestrutura de transporte desse insumo.
"O que nós discutimos no marco legal é um programa de longo prazo. Não trata, especificamente, do GLP, que é o gás de cozinha. Mas, de forma geral, ao garantir uma maior oferta e o escoamento desse produto, pode-se ter um produto mais barato para o consumidor e as indústrias no futuro", disse Felipe Kury, diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, após debate sobre o tema na Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
Kury explicou que o GLP é um subproduto do gás natural e, por isso, não é alvo direto do marco regulatório. Além disso, afirmou que não há um desequilíbrio entre oferta e demanda do insumo. Em setembro, a produção de gás natural no Brasil foi de 114 milhões de metros cúbicos ao dia. Disso, 30 milhões são reutilizados nas próprias plataformas de produção, além de outros 22 milhões para outros consumos na plataforma e perdas.
Uma fração de 62 milhões é ofertada aos consumidores internos, que contam, ainda, com 28 milhões de metros cúbicos mensais provenientes da Bolívia e 10 milhões obtidos a partir do processo de regaseificação do gás natural. Ou seja, da oferta total de 100 milhões de metros cúbicos ao dia para uma demanda de 99 milhões.
"A maior parte da demanda é da indústria e do setor de geração de energia. Os consumidores residenciais respondem por pouco mais de 2 milhões de metros cúbicos ao dia. Mas, se produzirmos mais, pode começar a atingir mais gente", explicou, lembrando que os estados possuem suas regras próprias para esse tipo de concessão.
A expectativa é que o texto do marco regulatório seja votado até semana que vem na comissão especial, mas só deve ir a plenário no ano que vem.
 

Governos de Brasil e Argentina discutem intercâmbio sazonal de gás

Uma maior integração entre Brasil e Argentina no mercado de gás natural pode ser viabilizada no médio prazo, permitindo que o país vizinho exporte o insumo ao País, particularmente no verão, quando reduz o consumo argentino de gás, mas aumenta a demanda por energia no Brasil.
Segundo o superintendente de gás natural e biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Giovani Machado, há conversas em andamento entre argentinos e brasileiros para realizar um estudo similar ao que foi feito no passado com a Bolívia.
A proposta ocorre em um momento em que a Argentina planeja seus projetos de produção de gás, que devem levar em conta a demanda máxima no país, no inverno, quando o consumo dobra por conta da calefação.