Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 05 de Dezembro de 2017 às 22:43

Fiergs espera por crescimento da economia do Rio Grande do Sul em 2018 mesmo com safra menor

Nunes e Petry, da Fiergs, creem em avanços para 2018

Nunes e Petry, da Fiergs, creem em avanços para 2018


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Thiago Copetti
A manutenção da retomada da economia nacional alimenta o otimismo da indústria gaúcha para 2018. O controle da inflação e os juros baixos, assim como a previsão de retomada dos investimentos nacionais e estrangeiros, estão no centro das boas expectativas da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), mesmo com muitas "certezas negativas" no horizonte, de acordo com André Nunes, economista-chefe da entidade. A projeção é um alento para o setor produtivo, que tem apenas três meses de números positivos neste ano (entre julho e setembro) após acumular 35 meses seguidos de perdas na produção industrial no Rio Grande do Sul entre agosto de 2014 e junho de 2017.
A manutenção da retomada da economia nacional alimenta o otimismo da indústria gaúcha para 2018. O controle da inflação e os juros baixos, assim como a previsão de retomada dos investimentos nacionais e estrangeiros, estão no centro das boas expectativas da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), mesmo com muitas "certezas negativas" no horizonte, de acordo com André Nunes, economista-chefe da entidade. A projeção é um alento para o setor produtivo, que tem apenas três meses de números positivos neste ano (entre julho e setembro) após acumular 35 meses seguidos de perdas na produção industrial no Rio Grande do Sul entre agosto de 2014 e junho de 2017.
Na previsão de alta de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho para o próximo ano, uma das ameaças é o agronegócio. Após um 2017 com crescimento de 11,6% no setor, a previsão da entidade para o desempenho da agricultura no Estado é de uma queda de 3%, que pode chegar a até 7%, conforme as condições climáticas. A retração se dará basicamente porque a alta em 2017 foi um fenômeno isolado de elevada produtividade, ressaltou Nunes. "Mas a queda não será uma tragédia, como ocorreu em 2012 ou em 2005 e 2006. Não precisamos ficar alarmados. Não vai ser bom como no ano passado, por exemplo, mas vai ser bom, apesar da queda", ressaltou o economista.
Parte das perspectivas projetadas pela equipe econômica da Fiergs leva em conta o que Nunes define como recuperação cíclica, mas lenta. Pelo estudo, o PIB de 2014 (pré-crise) só será recuperado plenamente em 2021. "Mesmo falando em crescimento em 2017 e 2018, o caminho será longo. Tivemos 28% de queda acumulada nos investimentos em 14 trimestres. A situação financeira das empresas é muito difícil, e a ociosidade ainda é muito grande", alertou o economista, que destacou estar projetando o crescimento a partir de uma base deprimida.
Nem mesmo fatores positivos elencados por Nunes para a volta do crescimento (como recuperação de emprego, renda e confiança das famílias) ainda é suficiente para permear uma recuperação maior da economia como um todo. Um dos entraves são as contas e dívidas públicas - federais e estaduais - que retraem investimentos e desestimulam a economia real do dia a dia. "Teríamos de poupar R$ 319 bilhões para equalizar a conta fiscal do País", destaca Nunes.
No cenário interno e externo, devem ajudar a economia os juros baixos. Para o Brasil, a Fiergs projeta encerrar 2018 com taxa Selic em 7% ao ano. No mercado interno, aliado ao custo menor do dinheiro, a redução do endividamento das famílias e as demandas represadas de consumo ao longo dos últimos meses e anos vão alimentar os próximos trimestres.
Apesar das incertezas provocadas pela nova reforma trabalhistas entre quem está empregado (especialmente em termos de estabilidade e renda), Nunes acredita que haverá recuperação do mercado de trabalho. "Mudamos as relações da sociedade com o trabalho e deve ser recuperada a contratação com carteira assinada e até mesmo aumento de salários."
No cenário internacional, é a manutenção da alta com as exportações para a Argentina - registrada em 2017 - que deve ajudar especialmente o Rio Grande do Sul. Para o presidente da Fiergs, Gilberto Petry, o país vizinho vem dando sinais claros de que seguirá incrementando os negócios com o Estado. "O governo argentino já sinalizou que vai reabrir em 2018 algumas câmaras de negócios que haviam sido fechadas no Brasil."
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO