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Economia

- Publicada em 04 de Dezembro de 2017 às 12:34

Eleições vão dificultar avanço da infraestrutura em 2018, diz presidente do Bndes

'Vários entes públicos, a partir de abril, ficam limitados para pedir financiamento', afirmou Rabello

'Vários entes públicos, a partir de abril, ficam limitados para pedir financiamento', afirmou Rabello


FERNANDO FRAZÃO/ABR/JC
As eleições de 2018 vão dificultar investimentos em infraestrutura no próximo ano, disse o presidente do Bndes, Paulo Rabello de Castro, em evento da Amcham-Brasil (câmara americana de comércio), nesta segunda-feira (4). "Vemos alguma retomada, mas por ser um ano eleitoral vai ser mais difícil. Vários entes públicos, a partir de abril, ficam limitados para pedir financiamento."
As eleições de 2018 vão dificultar investimentos em infraestrutura no próximo ano, disse o presidente do Bndes, Paulo Rabello de Castro, em evento da Amcham-Brasil (câmara americana de comércio), nesta segunda-feira (4). "Vemos alguma retomada, mas por ser um ano eleitoral vai ser mais difícil. Vários entes públicos, a partir de abril, ficam limitados para pedir financiamento."
O setor respondeu pela maior fatia dos desembolsos do banco -cerca de 30%- entre 2015 e 2017. O presidente ainda destacou "o espaço cadente da indústria brasileira" na participação dos aportes e afirmou que o crescimento do PIB neste ano se deve não só à retomada do consumo, mas ao "desempenho excepcional do agronegócio".
O volume de recursos emprestados pelo Bndes caiu 20% no acumulado deste ano até outubro, o que, em valores corrigidos, representa o nível mais baixo para o período desde 2003. O principal motivo, diz ele, é a baixa demanda por projetos no país.
Os desembolsos deste ano deverão ficar em torno de R$ 72 bilhões, abaixo dos R$ 77 bilhões esperados há um mês, disse ele na última semana. Rabello também falou que tem feito "com tranquilidade" as devoluções de recursos ao Tesouro, mas disse que "nunca tinha assinado um cheque tão alto", em referência aos R$ 50 bilhões entregues à União neste ano.
O presidente do banco ainda negou que se canditará nas eleições do próximo ano, e disse que sua filiação ao PSC teria por motivos cívicos. "A imprensa insiste em fazer o lançamento de uma candidatura inexistente", disse.
Em sua apresentação, porém, destacou a importância do pleito presidencial, sem negar sua candidatura. "Não é 2018 que nos preocupada, é o futuro do Brasil", disse.
"Não podemos entrar em 2018 jogando o farol para baixo. O Brasil tem que pensar alto, colocar metas de superação como jamais colocou. Nossa geração tem uma divida moral de arrumar esse país para as próximas gerações."
A indústria de base tampouco vê uma retomada de investimentos em infraestrutura em 2018, afirmou o presidente da Abdib (associação de infraestrutura), Venilton Tadini, que também falou no evento.
O executivo defende que essa recuperação ocorrerá apenas com uma retomada de aportes públicos.
"As PPPs aumentaram, mas não o suficiente para substituir o investimento público. Existe um limite para a participação de recursos privados na infraestrutura, a iniciativa privada não vai entrar onde não tiver retorno", disse ele. Para Tadini, ao menos 50% dos aportes no setor precisam vir do governo -até 2014, essa fatia era de cerca de 60% e, neste ano, estão em aproximadamente 35%.
Folhapress
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