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Cultura

- Publicada em 19 de Dezembro de 2017 às 08:20

Caetano Veloso e família se apresentam em Porto Alegre nesta terça

Moreno, Zeca e Tom Veloso acompanham o pai em show no Araújo Vianna

Moreno, Zeca e Tom Veloso acompanham o pai em show no Araújo Vianna


JORGE BISPO/DIVULGAÇÃO/JC
Caroline da Silva
Após o lançamento e as apresentações do seu último disco, Abraçaço (2012) e de finalizar em 2017 uma turnê pelo Brasil e Europa com Teresa Cristina, Caetano Veloso, aos 75 anos, dedicou-se a se apresentar com os filhos. Hoje à noite, ele estará somente com os três rapazes no palco do Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685). Caetano toca violão, enquanto Moreno (44 anos), Zeca (25) e Tom (20) se revezam em instrumentos. Ainda há ingressos para os setores de plateia alta lateral (R$ 120,00) e baixa e alta central (R$ 200,00).
Após o lançamento e as apresentações do seu último disco, Abraçaço (2012) e de finalizar em 2017 uma turnê pelo Brasil e Europa com Teresa Cristina, Caetano Veloso, aos 75 anos, dedicou-se a se apresentar com os filhos. Hoje à noite, ele estará somente com os três rapazes no palco do Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685). Caetano toca violão, enquanto Moreno (44 anos), Zeca (25) e Tom (20) se revezam em instrumentos. Ainda há ingressos para os setores de plateia alta lateral (R$ 120,00) e baixa e alta central (R$ 200,00).
No repertório dos shows, canções como O leãozinho, Reconvexo e Um canto de afoxé para o bloco do Ilê. Foi gravado um DVD ao vivo na apresentação no Theatro NET São Paulo, em outubro, com grandes sucessos, como Alegria, alegria e Força estranha. Há ainda inéditas e composições dos filhos, como Todo homem, de autoria de Zeca Veloso, que se classifica, em entrevista, como o "estreante do grupo".
A música sempre esteve presente na vida da família Veloso: desde que era cantiga de ninar até nos caminhos que cada um seguiu. Moreno gravou seu primeiro disco, Máquina de escrever música, em 2000. Já compôs para artistas como Adriana Calcanhotto e Roberta Sá e integrou o grupo 2, com Domenico Lancelotti e Alexandre Kassin. Zeca começou a compor solitariamente. Tom é o principal compositor da banda Dônica, influenciada pelo rock progressivo dos anos 1970 e pela música experimental.
"Há muito tempo tenho vontade de fazer música junto a meus filhos publicamente", conta Caetano, que exalta as diferenças entre os três. "Sempre cantei para eles dormirem. Moreno e Zeca gostavam. Tom me pedia pra parar de cantar." Apesar dos distintos caminhos, todos se aproximaram da música em algum momento, segundo seu pai.
Moreno formou-se em Física, já Tom só gostava de futebol. O primogênito e o caçula já tinham se profissionalizado como músicos. "Zeca, depois de passar parte da adolescência experimentando com música eletrônica, começou a compor solitariamente. Quero cantar com eles pelo que isso representa de celebração e alegria, sem dar importância ao sentido social da herança. É algo além até mesmo do 'nepotismo do bem', na expressão criada por Nelson Motta."
Há alguns anos, Caetano atendou um convite específico e realizou um show com Moreno: "Foi uma das melhores coisas que já aconteceram na minha vida. Moreno tem uma linha criativa extremamente refinada. Os trabalhos com o grupo 2 são uma marca profunda e duradoura da sua geração. Seu disco individual é um dos mais belos exemplos de delicadeza da história da canção brasileira".
O pai orgulhoso também comenta os projetos em que o mais velhos dos rebentos atuou como produtor, trabalho com a Banda Cê e o disco Recanto, de Gal Costa, "trazendo sua sabedoria". Caetano afirma que o jovem Tom nem se importava com música e hoje é, entre os quatro, "o mais naturalmente dotado para as relações entre as alturas, os tempos e todos os signos musicais".
Zeca, por sua vez, sempre adorou música e, para o progenitor, "quando achava que não havia para si mesmo um caminho nessa atividade, compôs um grupo de canções comoventes". Ainda conforme Caetano, ao ouvir uma dessas composições, Djavan exigiu que ele a mostrasse em público, mas ele resistiu, no entanto, neste espetáculo com o pai, finalmente obedece a Djavan. "Tom, em sua relação de discípulo com Cézar Mendes, desenvolveu uma capacidade de execução notável. E logo já começava a compor com seu mestre." O Veloso veterano entrou como letrista em uma dessas parcerias com Mendes e, agora, na preparação desse novo show, também fez letra para uma música só do caçula.
"Assim, apresentaremos algumas dessas coisas que cresceram em nós, de nós. E canções minhas escolhidas por eles. O leãozinho, que os filhos de tanta gente pedem, os meus não deixaram de pedir. E coisas como Reconvexo têm de estar ali confirmando a linhagem. Há clássicos de Moreno e canções novas de todos (inclusive minhas)." Caetano ainda explica que, nas primeiras conversas, pensaram em chamar um pequeno grupo de músicos para enriquecerem os arranjos, porém, ensaiando, decidiram ficar somente os quatro sob os holofotes.
"O som será mais para o acústico e muito singelo", avisa, para brincar em seguida: "É um show familiar, nascido da minha vontade de ser feliz. Ter filhos foi a coisa mais importante da minha vida adulta. O que aprendi com o nascimento de Moreno - e se confirmou com as chegadas de Zeca e Tom - não tem nome e não tem preço. Mas nosso show também tem a responsabilidade de apresentar números com qualidade profissional. Creio que não somos uma família de músicos, como há tantas, dado o caráter comprovadamente genético do talento musical, mas seguramente somos músicos de família".
Com dedicatória às mães dos garotos, a Cézar Mendes e à memória da avó, Dona Canô, a turnê de shows segue para Curitiba, na quinta-feira, com apresentação no Teatro Positivo.
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