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JC Logística

- Publicada em 28 de Dezembro de 2017 às 08:25

Petrobras pode ampliar total de ativos à venda

Em seu plano de negócios, a estatal petrolífera levou em conta que o barril de óleo do tipo brent, comercializado no mercado europeu, vai permanecer na casa do US$ 50,00

Em seu plano de negócios, a estatal petrolífera levou em conta que o barril de óleo do tipo brent, comercializado no mercado europeu, vai permanecer na casa do US$ 50,00


JODY AMIET/AFP/JC
A Petrobras está disposta a vender mais US$ 5 bilhões dos seus ativos para deixar o caixa dentro da meta estipulada para o final de 2018. Os objetivos estão mantidos, ainda que o preço do petróleo despenque e a empresa não alcance a receita esperada. Para compensar possíveis frustrações de geração de caixa, a estatal guarda um grupo de ativos dos quais considera se desfazer na última hora. Assim, o seu programa de desinvestimento subiria de US$ 16,5 bilhões para US$ 21,5 bilhões em 2018.
A Petrobras está disposta a vender mais US$ 5 bilhões dos seus ativos para deixar o caixa dentro da meta estipulada para o final de 2018. Os objetivos estão mantidos, ainda que o preço do petróleo despenque e a empresa não alcance a receita esperada. Para compensar possíveis frustrações de geração de caixa, a estatal guarda um grupo de ativos dos quais considera se desfazer na última hora. Assim, o seu programa de desinvestimento subiria de US$ 16,5 bilhões para US$ 21,5 bilhões em 2018.
Em seu plano de negócios, a Petrobras usou como premissa a projeção de que o barril do petróleo do tipo brent, comercializado na Europa, vai permanecer na casa dos US$ 50,00 como atualmente. Em 2019, começaria a subir, até atingir o patamar de US$ 70,00 em 2021, estimativa considerada otimista por analistas.
Como a empresa tem os seus preços atrelados ao mercado internacional, se a cotação não subir como o esperado, a receita também não avança e a petroleira fica sem caixa para fazer frente aos US$ 74 bilhões de investimentos previstos para os próximos cinco anos. A saída, então, será fazer caixa por outros meios, como com a venda de ativos e negociação de contratos com fornecedores.
"Caso a empresa perceba que não vai atingir o nível de alavancagem que deseja, a solução será aumentar o portfólio de ativos incluídos no plano de desinvestimento", disse o diretor Financeiro, Ivan Monteiro, em teleconferência com analistas para detalhar o plano de negócios para o período de 2018 a 2022. Ele reitera que a Petrobras não admite a hipótese de chegar ao fim do ano com uma relação entre dívida e geração de caixa superior a 2,5 vezes.
Na sexta-feira, a Petrobras comunicou, em fato relevante, o encerramento da Oferta Pública de distribuição secundária de 334.937.500 ações ordinárias de emissão da BR Distribuidora. A quantidade total das ações já considera 43.687.500 ações do lote suplementar, alienadas pela própria Petrobras.
O preço por ação foi de R$ 15,00 e os papéis que foram liquidados na quinta-feira da semana passada. Com a liquidação das ações do lote suplementar, o montante total da oferta passou a ser de pouco mais de R$ 5,024 bilhões.
Na manhã desta terça-feira, o presidente Michel Temer recebeu o presidente da Petrobras, Pedro Parente, no Palácio do Planalto. De acordo com informações de servidores do Planalto, durante o encontro foram discutidos possíveis vetos à medida provisória que amplia o Repetro - regime especial de tributação que permite a isenção de alguns impostos para empresas de petróleo.
Criado em 1999, o programa foi prorrogado pelo governo por 20 anos, até 2040, em agosto. A prorrogação foi feita por meio de um decreto presidencial, mas a ampliação do benefício precisou ser encaminhada por medida provisória. O texto já passou pela Câmara e Senado, agora depende de sanção presidencial.
A extensão do Repetro é um dos principais pleitos do setor de petróleo. A medida é considerada fundamental para atrair interessados para os leilões brasileiros e para que se confirme os investimentos prometidos nas últimas licitações. A prorrogação foi feita por medida provisória porque o governo decidiu alterar e aumentar a tributação da cadeia de produção de bens para a indústria de petróleo.
 
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