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Aviação

- Publicada em 26 de Dezembro de 2017 às 21:29

Galeão conclui venda da fatia da Odebrecht

Valor total da outorga da concessão a ser pago pela empresa é de R$ 19 bilhões, parcelados até 2039

Valor total da outorga da concessão a ser pago pela empresa é de R$ 19 bilhões, parcelados até 2039


TÂNIA RÊGO/TÂNIA RÊGO/ABR/JC
A concessionária Rio Galeão, que administra o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, conseguiu fechar as operações de sua composição societária, com a venda de participação da Odebrecht Transport para a Changi Airports International (CAI), de Cingapura. A Changi passa a deter a totalidade do capital privado da operação, com 51% do total da concessionária, em parceria com a Infraero, que manteve sua fatia de 49%. O valor da transação não foi divulgado pelas empresas.
A concessionária Rio Galeão, que administra o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, conseguiu fechar as operações de sua composição societária, com a venda de participação da Odebrecht Transport para a Changi Airports International (CAI), de Cingapura. A Changi passa a deter a totalidade do capital privado da operação, com 51% do total da concessionária, em parceria com a Infraero, que manteve sua fatia de 49%. O valor da transação não foi divulgado pelas empresas.
Segundo a companhia, nesta semana, todas as obrigações contratuais foram cumpridas, com o pagamento de R$ 2,5 bilhões atrelados ao pagamento de 2017 e à antecipação das outorgas de 2018, 2019 e parte de 2020, que será complementada em junho de 2018 com mais R$ 1 bilhão, conforme reprogramação dos pagamentos aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O valor total da outorga do Galeão a ser pago pela empresa é de R$ 19 bilhões, em parcelamentos anuais que vão até 2039. De acordo com a empresa, as mudanças asseguram a viabilidade do lance ofertado pelo aeroporto em 2013, "que permanece com o mesmo valor e será rigorosamente cumprido".
"A situação está resolvida com uma sólida participação privada. Não poderíamos ter uma solução melhor. É uma demonstração de confiança no País e no aeroporto do Galeão", disse Luiz Rocha, presidente da concessionária Rio Galeão.
A reestruturação da sociedade envolve ainda a aprovação de um empréstimo pelo Bndes no valor de R$ 1,6 bilhão. Segundo a Rio Galeão, a reprogramação de pagamentos, atrelada à liberação do empréstimo de longo prazo e à conclusão da reestruturação societária "asseguram a sustentabilidade definitiva do negócio". O Galeão movimenta cerca de 16,4 milhões de passageiros por ano.
A aquisição pela Changi foi negociada nas últimas duas semanas, disse Rocha. A entrada no Galeão marca a chegada da Changi no País, empresa que já sinalizou interesse em avaliar outros aeroportos no Brasil. A empresa opera o aeroporto Changi em Cingapura, sexto aeroporto mais movimentado do mundo. O grupo atua como operador, consultor e investidor em mais de 50 aeroportos localizados em 20 países.
 

Câmara aprova acordo de voos Brasil-EUA

Limite no número de operações entre os dois países será eliminado

Limite no número de operações entre os dois países será eliminado


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 424/16, que dispõe sobre transportes aéreos entre o Brasil e os Estados Unidos. Conhecido como "Céus Abertos", o acordo elimina a limitação do número de voos imposta pela legislação atual às companhias aéreas que operam voos entre os dois países. A matéria será enviada ao Senado.
O texto aprovado permite ainda que os aviões do Brasil e dos Estados Unidos sobrevoem o território um do outro sem pousar, e que tenham o direito de fazer escalas para fins não comerciais. Cidadãos brasileiros que viajam para os Estados Unidos necessitam de visto para entrada no país e, pelo princípio da reciprocidade, viajantes americanos também precisam de visto para entrar no Brasil. A expectativa do Itamaraty é que a viabilização do acordo possibilite a abertura de novos destinos e aeroportos com voos para os EUA. Segundo a pasta, também há previsão de que a maior oferta de voos tenha impacto sobre o preço das passagens aéreas.
Outros projetos com o mesmo objetivo foram aprovados para outros países, mas no caso dos Estados Unidos, por se tratar de uma grande potência, houve resistência da oposição para avançar na aprovação. O acordo foi assinado em 2011, mas para ser validado precisa da aprovação do Congresso Nacional.
O Movimento Brasileiro pelos Céus Abertos se manifestou sobre a aprovação. "A decisão dos parlamentares trará grandes benefícios, não apenas a quem viaja entre Brasil e EUA, mas para toda a indústria do turismo e para os consumidores brasileiros. O Céus Abertos impulsionará a geração de empregos e será um importante estímulo à nossa economia nos próximos anos, principalmente nesse momento de retomada", diz a organização, em comunicado.
Alguns dos artigos do acordo já estão em vigor, em razão de um memorando de entendimento entre os dois países. Entre eles, os que estabelecem regime de preços livres e criação de novos itinerários e oferta de code-share.
Acordo de code-share é um termo de cooperação pelo qual duas companhias compartilham o mesmo voo, os mesmos padrões de serviço e mesmos canais de venda. Por meio dele, uma companhia pode transportar passageiros cujos bilhetes tenham sido emitidos por outra.

Tarifa média doméstica chega a R$ 362,23 no 3º trimestre

A tarifa aérea doméstica atingiu R$ 362,23 no terceiro trimestre deste ano, na média ponderada dos meses e considerando os valores deflacionados pelo IPCA até setembro. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), esse é o menor valor para o trimestre desde o início da série histórica.
Em relação ao intervalo de julho a setembro de 2016, houve queda de 0,7% da tarifa, correspondendo ao terceiro recuo seguido na base de comparação anual.
Na quebra por mês, houve aumento no valor real da tarifa aérea média em julho e agosto (0,1% e 3,1%, respectivamente, na comparação anual), "muito embora ainda estejam entre os menores valores na série histórica", ressalta a agência. Em setembro, a tarifa atingiu o menor valor para o mês (R$ 373,20), com uma redução de 5,8% ante igual mês de 2016.
Em nota, a Anac destacou que é "prematuro" relacionar as variações das tarifas à desregulamentação das bagagens com a Resolução nº 400/2016.

Aeroportos regionais ganham investimento de R$ 212,4 milhões

O governo federal anunciou um investimento de R$ 212,4 milhões para a modernização de 11 aeroportos regionais nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Os recursos serão aplicados em melhorias físicas como reforma e ampliação de terminais e na aquisição de equipamento e de sinalização.
Os detalhamentos foram apresentados em evento no Ministério dos Transportes. Os aeroportos estão localizados nos municípios de Jataí (GO), Araguaína (TO), Dourados, (MS), Cáceres (MT), Sinop (MT), Tangará da Serra (MT), Itaperuna (RJ), Resende (RJ), Angra dos Reis (RJ), Chapecó (SC) e São Carlos (SP). Em Tocantins e Goiás haverá contrapartida dos governos municipais e em São Paulo e Santa Catarina dos governos estaduais.
As obras seguem as diretrizes do Programa Agora é Avançar, lançado em novembro com o objetivo de retomar obras inacabadas por todo o Brasil. Ao todo serão investidos cerca de R$ 130 bilhões.