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JC Logística

- Publicada em 14 de Dezembro de 2017 às 08:15

Embraer avança entre empresas de defesa

Supertucano, aeronave de ataque leve e treinamento avançado, é um dos destaques da companhia no mercado de produtos militares, segmento que já representa 15% dos negócios

Supertucano, aeronave de ataque leve e treinamento avançado, é um dos destaques da companhia no mercado de produtos militares, segmento que já representa 15% dos negócios


/EMBRAER/DIVULGAÇÃO/JC
A Embraer subiu 10 posições no ranking internacional das maiores empresas do setor militar no mundo e já ocupa a 81ª colocação. De acordo com o Instituto de Estocolmo para a Pesquisa sobre a Paz (Sipri, na sigla em inglês), que fez o levantamento dos dados, as vendas de armas no mundo tiveram em 2016 sua primeira alta desde 2010.
A Embraer subiu 10 posições no ranking internacional das maiores empresas do setor militar no mundo e já ocupa a 81ª colocação. De acordo com o Instituto de Estocolmo para a Pesquisa sobre a Paz (Sipri, na sigla em inglês), que fez o levantamento dos dados, as vendas de armas no mundo tiveram em 2016 sua primeira alta desde 2010.
No caso do Brasil, o comércio registrou uma alta bem superior à média mundial, com 10,8% de expansão em 2016. Entre 2015 e 2016, as vendas da Embraer relacionadas com o setor militar passaram de US$ 839 milhões para US$ 930 milhões, com destaque para o modelo supertucano, aeronave de ataque leve e treinamento avançado. Hoje, o segmento militar já representa 15% de todos os negócios da empresa - que, em 2016, registrou lucro de US$ 168 milhões.
A classificação já apresenta a Embraer acima das japonesas NEC Corp e Mitsubishi, e da suíça Ruag. Em 2010, por exemplo, a companhia sequer fazia parte do ranking das 100 maiores. Em 2013, porém, a Embraer chegou a ser listada como a 62ª maior do ramo. A alta nas vendas da empresa brasileira ocorre justamente quando os pesquisadores identificam em 2016 o primeiro sinal de crescimento do comércio de armas, depois de cinco anos consecutivos de queda.
Com a crise econômica global que eclodiu em 2008, diversos países europeus passaram a reduzir seus gastos militares, levando até mesmo o governo de Donald Trump a colocar em questão alianças transatlânticas e cobrar maiores investimentos de Berlim, Paris e outras capitais europeias. Em Brasília, uma das orientações do governo foi a de estimular a exportação do setor militar, justamente para abocanhar parte do mercado que se abre com a nova demanda por armas. O governo chegou a recomendar que postos no exterior promovessem as vendas nacionais desse ramo.
Agora, segundo o Sipri, as vendas de armas do Brasil em 2016 aumentaram em 10,8%, acima do crescimento registrado nos EUA, na Rússia ou na Europa. Em 2016, foram as empresas americanas que mais viram uma alta de suas vendas. Com um comércio de US$ 217 bilhões, elas registraram um aumento de 4% no ano passado. Só as vendas da Lockheed Martin aumentaram em 10,7%, e hoje as companhias norte-americanas representam 57% do comércio das 100 maiores empresas do mundo.
Juntas, as empresas europeias registraram total de US$ 91,6 bilhões em vendas de armas, avanço de 0,2% em comparação a 2015. Mas, na Alemanha, o comércio aumentou em 6,6%. No caso da BAE Systems, do Reino Unido, a alta foi de 0,4%. As empresas de Moscou registraram um salto de 3,8% em suas vendas, com um total de US$ 26,6 bilhões. Hoje, elas representam 7,1% do comércio mundial. Mas, segundo o pesquisador Siemon Wezeman, a crise econômica russa teve um impacto no setor, que deixou de registrar a mesma expansão de anos anteriores.
Se a Embraer aparece com destaque, o estudo aponta que são as empresas sul-coreanas que hoje dominam a venda para o setor militar entre os países emergentes. Em apenas um ano, o país passou a ter sete companhias entre as 100 maiores do mundo, com vendas de US$ 8,4 bilhões, 20% acima de 2015.
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