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JC Contabilidade

- Publicada em 28 de Dezembro de 2017 às 15:33

Brasileiros pobres doam duas vezes mais que os ricos, aponta pesquisa

Quem tem maior poder aquisitivo contribuiu com aproximadamente R$ 300,00

Quem tem maior poder aquisitivo contribuiu com aproximadamente R$ 300,00


MARCELLO CASAL JR/MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
Brasileiros com renda de até R$ 10 mil ao ano doam proporcionalmente duas vezes mais que quem recebe R$ 100 mil por ano. É o que apontou a pesquisa Country Giving Report 2017 Brasil, realizado pelo YouGov, a pedido da CAF (Fundação de Auxílio de Caridade, na sigla em inglês). "Em termos de percentual da renda, o brasileiro que ganha menos doa mais, apesar de o valor absoluto ser menor", diz Paula Fabiani, diretora-presidente do Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), representante da CAF no Brasil.
Brasileiros com renda de até R$ 10 mil ao ano doam proporcionalmente duas vezes mais que quem recebe R$ 100 mil por ano. É o que apontou a pesquisa Country Giving Report 2017 Brasil, realizado pelo YouGov, a pedido da CAF (Fundação de Auxílio de Caridade, na sigla em inglês). "Em termos de percentual da renda, o brasileiro que ganha menos doa mais, apesar de o valor absoluto ser menor", diz Paula Fabiani, diretora-presidente do Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), representante da CAF no Brasil.
Enquanto a doação típica dos mais pobres ficou em torno de 1,2% de sua renda nos últimos 12 meses (cerca de R$ 100,00), a de quem tem maior poder aquisitivo representou 0,4% da renda anual (aproximadamente R$ 300,00).
De maneira geral, o brasileiro segue solidário, ainda que, no ranking mundial, o País tenha caído para 75ª posição após alcançar, em 2016, o 68º lugar, melhor colocação desde 2009.
Quase dois terços dos participantes (68%) doaram nos últimos 12 meses, principalmente para igrejas ou organizações religiosas (55%), organizações da sociedade civil (53%) e diretamente para pessoas necessitadas (52%). "Vejo de uma forma muito positiva (os resultados). Corrobora que existe uma cultura de doação, mas há alguns entraves e espaços para melhorar esse comportamento do brasileiro", diz Paula.
Um desses desafios, segundo a diretora-presidente do Idis, é a forma como o brasileiro doa. Segundo a pesquisa, 37% realizaram a doação em dinheiro vivo. "Se conseguíssemos melhorar os canais de doação, como de maneira on-line, iríamos melhorar esse processo." No Brasil, o volume de doações representa 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos Estados Unidos, por exemplo, o valor equivale a 1,4% do PIB.
Para Paula, é preciso tanto aumentar os valores como a quantidade de doadores e a frequência. "Quando perguntamos sobre doação recorrente, esse número (de 68% que realizaram doações) é muito menor." A pesquisa da CAF também identificou essa questão.
No mês de novembro de 2017 - recorte que evidencia doações recorrentes -, 21% dos entrevistados doaram dinheiro para uma organização sem fins lucrativos. Isso é mais da metade daqueles que fizeram o mesmo tipo de doação em 2016 (53%). O estudo ouviu 1.313 brasileiros com mais de 18 anos, que moram em cidades e que tenham acesso à internet.
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