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Política

- Publicada em 28 de Novembro de 2017 às 15:43

CPI identifica pagamentos de R$ 449 mil de escritório que defendeu a JBS para Miller

Há suspeitas de que Miller atuasse em favor da JBS enquanto ainda fazia parte do MPF

Há suspeitas de que Miller atuasse em favor da JBS enquanto ainda fazia parte do MPF


ALEX LANZA/MPMG/DIVULGAÇÃO/JC
A CPI da JBS identificou pagamentos de R$ 449 mil do escritório Trench, Rossi e Watanabe Advogados, que defendia o grupo da JBS, para o ex-procurador Marcello Miller. Os depósitos foram realizados em maio e julho, quando ele já tinha deixado o cargo no Ministério Público. Miller foi exonerado em 5 de abril da Procuradoria. Seu salário até então era de R$ 34,9 mil bruto, já incluídos benefícios de auxílio moradia, alimentação e pré-escolar. Descontados imposto de renda e contribuição previdenciária, ele recebia R$ 25,5 mil líquido.
A CPI da JBS identificou pagamentos de R$ 449 mil do escritório Trench, Rossi e Watanabe Advogados, que defendia o grupo da JBS, para o ex-procurador Marcello Miller. Os depósitos foram realizados em maio e julho, quando ele já tinha deixado o cargo no Ministério Público. Miller foi exonerado em 5 de abril da Procuradoria. Seu salário até então era de R$ 34,9 mil bruto, já incluídos benefícios de auxílio moradia, alimentação e pré-escolar. Descontados imposto de renda e contribuição previdenciária, ele recebia R$ 25,5 mil líquido.
A passagem de Miller pelo escritório durou pouco tempo depois que sua atuação vinculada à JBS passou a ser questionada. Ele deixou oficialmente o escritório no dia 5 de julho, três meses após sua exoneração. Há suspeitas, porém, que ele já atuasse em favor do grupo enquanto ainda não tinha deixado oficialmente o Ministério Público.
Os dados sobre os pagamentos constam de uma cronologia divulgada pelo presidente da CPI, Ataídes Oliveira (PSDB-TO), antes do depoimento de Joesley Batista nesta terça-feira. De acordo com ele, em 30 de maio deste ano Miller recebeu uma transferência de R$ 277.290,86 do escritório. A segunda transferência ocorreu quando Miller já havia deixado a banca. Em 31 de julho, o depósito foi de R$ 171.800,19. A CPI quebrou os sigilos do ex-procurador.
Os valores recebidos pelo que teriam sido apenas três meses de trabalho para o escritório representam o equivalente a 17 salários líquidos a que Miller teria o direito de receber como procurador. O depoimento de Miller na CPI está marcado para esta quarta-feira (29). Ele obteve um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe concedeu o direito de ficar em silêncio.
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