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Política

- Publicada em 21 de Novembro de 2017 às 22:16

Cpers bloqueia acesso à Assembleia Legislativa

Categoria protestou contra congelamento do reajuste salarial pelos próximos seis anos

Categoria protestou contra congelamento do reajuste salarial pelos próximos seis anos


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Isabella Sander
Enquanto o governo do Estado apresentava, no Palácio Piratini, os projetos de lei de ajuste fiscal, do outro lado da rua, em frente à Assembleia Legislativa, o Cpers/Sindicato bloqueava as entradas e impedia a entrada de deputados estaduais e funcionários no local.
Enquanto o governo do Estado apresentava, no Palácio Piratini, os projetos de lei de ajuste fiscal, do outro lado da rua, em frente à Assembleia Legislativa, o Cpers/Sindicato bloqueava as entradas e impedia a entrada de deputados estaduais e funcionários no local.
A medida se deu em protesto contra as propostas do Executivo, que, segundo a entidade, suspendem os reajustes salariais por seis anos e congelam os investimentos no serviço público, o que afeta a educação.
No início da tarde de ontem, o presidente da Casa, Edegar Pretto (PT), declarou suspensa a sessão plenária do Parlamento gaúcho até o fim do dia.
"Este é um símbolo de que vamos lutar contra esses projetos, porque não vamos aceitar mais seis anos de salário congelado. Já estamos há três. Nove anos sem reajuste salarial é muito difícil de aguentar", afirma a presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Schürer.
A educadora considera que, mesmo que o governo tenha conseguido garantir o encaminhamento dos projetos de lei para o Legislativo, bloquear as entradas é um recado de que haverá luta contra as propostas.
Ainda pela manhã, deputados tentaram negociar com o comando de greve a liberação da entrada, inicialmente a todos os funcionários e, posteriormente, ao presidente e a líderes de bancadas. 
Três horas após o início do bloqueio, Pretto propôs a Helenir que o sindicato liberasse a entrada para ele e para os líderes de bancadas, a fim de que o grupo articulasse negociação com o governo do Estado.
Enquanto o comando de greve avaliava a proposta, o deputado estadual Marcel van Hattem (PP) se dirigiu, acompanhado por assessores e seguranças, a um dos portões de acesso, pedindo para entrar.
Nas palavras da presidente do Cpers/Sindicato, referindo-se ao parlamentar, "um deputado moleque desrespeitoso chegou até um portão para mostrar todo seu desprezo por aqueles que, um dia, o ensinaram a ler".
Com a atitude do deputado, o comando de greve decidiu não deixar ninguém entrar na Assembleia. Em vídeo, Van Hattem criticou o bloqueio e apontou a manifestação como uma medida corporativa de pessoas que "não estão abertas ao diálogo".
Sem avanço na negociação para liberar o acesso ao Parlamento, 24 deputados se reuniram perto do meio-dia no Memorial Legislativo, ao lado do Palácio Piratini, e decidiram cancelar a sessão plenária e as demais atividades de ontem da Assembleia.
"Lamentamos o que está ocorrendo hoje (ontem). Da parte da presidência e dos parlamentares, nunca faltou disposição para dialogar com qualquer segmento. É um ato inaceitável", afirmou Pretto. 
No memorial, foi instalado o gabinete da presidência e a Superintendência Legislativa, e, lá, os projetos relacionados com o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) foram protocolados pelo líder do governo, deputado Gabriel Souza (PMDB).
Além de protestar contra o ajuste fiscal, a presidente do Cpers/Sindicato espera que a mobilização engaje os parlamentares gaúchos na mediação junto ao Executivo na negociação salarial.
Em greve há dois meses e meio, desde o dia 5 de setembro, professores e funcionários de escolas estaduais reclamam de falta de diálogo com o governo do Estado, que, no dia 14 de novembro, anunciou a suspensão de qualquer negociação enquanto as aulas não retornassem.
 
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