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Política

- Publicada em 15 de Novembro de 2017 às 22:57

Eduardo Leite atuará para unir centro-direita

Pré-candidato ao Piratini, tucano fala em aliança com PP, PTB, PSB e PSD

Pré-candidato ao Piratini, tucano fala em aliança com PP, PTB, PSB e PSD


/CLAITON DORNELLES /JC
Marcus Meneghetti
Depois de ser eleito presidente estadual do PSDB no sábado passado, o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite - o tucano mais cotado para concorrer ao governo do Estado nas eleições de 2018 - defendeu que os partidos de centro-direita construam uma unidade em torno de uma candidatura. Para Leite, a legenda deve priorizar a aproximação com as siglas aliadas aos governos municipais dos tucanos. Ele citou PP, PTB, PSB e PSD.
Depois de ser eleito presidente estadual do PSDB no sábado passado, o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite - o tucano mais cotado para concorrer ao governo do Estado nas eleições de 2018 - defendeu que os partidos de centro-direita construam uma unidade em torno de uma candidatura. Para Leite, a legenda deve priorizar a aproximação com as siglas aliadas aos governos municipais dos tucanos. Ele citou PP, PTB, PSB e PSD.
Eduardo Leite teme que a divisão desse espectro político em várias candidaturas, o que pode dividir os votos durante o pleito, leve à derrota eleitoral. O PP divulgou uma pesquisa em que 92,6% dos militantes entrevistados querem que o partido lance candidato próprio ao Palácio Piratini. O PMDB já sinalizou que deve lançar o governador José Ivo Sartori (PMDB) à reeleição.
Na avaliação do novo presidente do PSDB gaúcho, "o governo Sartori ficou encurralado na pauta do ajuste fiscal". Embora concorde com a redução de gastos públicos e a diminuição do tamanho do Estado, defendeu investimentos - através de parcerias com a iniciativa privada - em áreas prioritárias, como, por exemplo, infraestrutura.
Jornal do Comércio - A convenção do PSDB contou com a presença de membros de outros partidos, como o PP e PSB. Quais os partidos que podem apoiar o projeto do PSDB em 2018?
Eduardo Leite - Existe um campo político com partidos com os quais já nos relacionamos, seja no Estado, seja nos municípios. Por exemplo, PP, PTB, PSB, PSD. Alguns partidos inclusive estão na base do governo José Ivo Sartori. Esses partidos estão apoiando o governo, não o governador Sartori pessoalmente. Estão apoiando o projeto, a agenda, as propostas. A afinidade com um programa político não significa que esses partidos estejam plenamente satisfeitos, nem que queiram uma repetição dos quatro anos atuais. É legítimo que pensem, para os próximos quatro anos, um novo projeto, ajustado aos novos desafios. Estamos tendo uma boa construção nesse tema.
JC - As alianças do PSDB nos municípios podem ter reflexos na construção da aliança em nível estadual?
Leite - Temos aliados que governam conosco em cinco das 10 maiores cidades do Rio Grande do Sul. O PSDB é a legenda que governa para o maior número de gaúchos, 28% da população do Estado. As alianças a nível municipal acabam produzindo uma relação de proximidade conosco. Aproveitamos essa proximidade para buscar a construção de um projeto ao Estado.
JC - O PP fez uma pesquisa em que 92,6% dos militantes entrevistados querem que o partido lance candidato próprio ao Palácio Piratini. O PMDB já sinalizou que deve lançar Sartori à reeleição. E o PSDB tem citado o seu nome como possível candidato. São três candidaturas de centro-direita. Isso pode prejudicar o projeto dos tucanos gaúchos, uma vez que pode dividir votos?
Leite - É legítimo que cada partido busque o protagonismo no processo eleitoral, que lance pré-candidaturas. Mas, diante do nosso sistema político fragmentado e pulverizado, também é natural que as legendas do mesmo campo político se reúnam em torno de um projeto no qual se identifiquem, para viabilizar um governo mais próximo do que pensam. Uma estratégia equivocada pode viabilizar um governo completamente diferente do que a gente pensa. No nosso sistema político fragmentado, se nos dividirmos por conta de aspirações e vaidades pessoais ou partidárias, podemos deixar que um projeto completamente diferente do nosso ganhe as eleições. Mas esse cálculo eleitoral vai ser feito no momento adequado.
JC - Como presidente estadual do PSDB, pretende trabalhar para construir uma unidade de centro-direita?
Leite - Sim. Quero produzir com esses partidos com quem temos uma boa relação encontros temáticos, técnicos, abordando diversos assuntos, desde a pauta fiscal até a pauta da educação, segurança, infraestrutura, além de parcerias com a iniciativa privada. Quero discutir esses temas com as siglas, especialmente as que estavam representadas na nossa convenção, porque, a partir desta discussão, poderemos caminhar a uma composição para as eleições do ano que vem.
JC - Quando o partido decide quem vai concorrer ao Piratini?
Leite - Lá por maio de 2018, quando estivermos nos encaminhando para as convenções de julho, vamos decidir quem vai liderar esse projeto. Vamos analisar quem tem mais viabilidade eleitoral, quem tem a maior capacidade de aglutinação das forças políticas, quem tem a maior capacidade para governar depois. Se entenderem que o meu nome é o melhor para liderar, vou estar à disposição. Se entenderem que outro nome tem capacidade, não tenho nenhum problema com isso. Inclusive, poderá receber o apoio do PSDB.
JC - Qual sua avaliação do governo Sartori?
Leite - Na minha avaliação, o governo ficou encurralado na pauta do ajuste fiscal, que é importantíssima. Só que deixou de liderar em outras áreas, como por exemplo investimentos em infraestrutura, fundamental para o desenvolvimento do Estado. O Rio Grande do Sul está ficando para trás, em termos de capacidade logística para a atração de investimentos. É fundamental que tenhamos, por exemplo, boas estradas para escoar a produção, deslocar consumidores etc. E, já que o Estado não tem recursos próprios para investir em infraestrutura, tem que ser feito através de parcerias com a iniciativa privada. Ou seja, um plano de concessões. Esse plano chegou a ser anunciado pelo governo Sartori, mas nunca saiu do papel. Essa é uma pauta fundamental, porque temos que dar um sinal claro para os gaúchos e para o resto do País de que o Rio Grande do Sul será um lugar melhor daqui a alguns anos. Os investidores têm que ter confiança no futuro do Estado para investirem aqui. O governo falha nisso.
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