Trabalhadores do setor privado e público foram às ruas nesta sexta-feira (10) para reivindicar a reforma trabalhista, que entra em vigor neste sábado, 11 de novembro. O ato preliminar reuniu cerca de três mil pessoas em frente ao Tribunal Regional de Trabalho da 4ª Região (TRT), de acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Sindicalistas e representantes do TRT deram um abraço coletivo no prédio e seguiram para caminhada até a Esquina Democrática, onde se uniram a outros manifestantes para o grande ato.
Conforme o presidente da CUT, Claudir Nespolo, o abraço coletivo no TRT é uma maneira de demonstrar apoio à instituição, que também está sendo atacada por defender os direitos trabalhistas. “Mexeram em 255 itens que vai atingir todos os contratos de trabalho. Vamos com força mostrar a nossa resistência contra o projeto”, enfatiza Nespolo.
A representante da Associação de Juízes pela Democracia (AJD), Valdete Souto Severo destaca as irregularidades na reforma e entende que as mudanças ferem diretamente as regras da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).
“Os trabalhadores são a parte mais fraca e precisam de algum lugar para fazer com que seus direitos sejam reestabelecidos quando negados”, acrescenta o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Guiomar Vidor. Para ele, a Justiça do Trabalho deve ser preservada e valorizada.
Desde o início de outubro a CUT está recolhendo assinaturas para criar um Projeto de Lei para revogar a reforma trabalhista. Até o fim do ato de hoje, pelo menos oito mil pessoas devem se agrupar na Esquina Democrática.