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Política

- Publicada em 09 de Novembro de 2017 às 15:42

Odebrecht afirma que Bendine já pedia propina na presidência do BB

O executivo Marcelo Odebrecht disse, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, nesta quinta-feira, que já havia recebido pedido de propina de Aldemir Bendine no primeiro semestre de 2014.
O executivo Marcelo Odebrecht disse, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, nesta quinta-feira, que já havia recebido pedido de propina de Aldemir Bendine no primeiro semestre de 2014.
Na época, Bendine ainda era presidente do Banco do Brasil (BB). Em fevereiro de 2015, veio a se tornar presidente da Petrobras.
Aldemir Bendine é acusado pelo Ministério Público de solicitar R$ 3 milhões em propina para executivos da Odebrecht, a fim de proteger a empreiteira em contratos da estatal. Ele está preso preventivamente desde o final de julho.
No depoimento, Marcelo Odebrecht afirmou que Bendine nunca o abordou diretamente sobre o tema. Segundo ele, os pedidos eram feitos por meio do publicitário André Vieira da Silva para o diretor da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis. Além de Bendine, os três também são réus no processo.
De acordo com Marcelo, Bendine pedia, em 2014, por meio de Silva, 1% sobre a reestruturação de uma dívida da Odebrecht com o Banco do Brasil.
"Eu não dei muita 'bola' para esse achaque. Achava que ele não teria condições de atrapalhar. Neguei", disse.
O executivo afirmou que começou a levar Bendine mais a sério em janeiro de 2015, após uma reunião com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). No encontro, Odebrecht disse ter pedido à petista que ela definisse um interlocutor para interagir com as empresas afetadas financeiramente pelo avanço da Lava Jato. Dilma, então, teria nomeado o ex-ministro Aloizio Mercadante (PT), para quem Odebrecht, em seguida, teria enviado algumas notas.
No mesmo mês, o empreiteiro afirmou ter tido uma reunião com Bendine. "Quando cheguei lá, as mesmas notas que mandei para o Mercadante estavam em uma pasta", disse a Moro. "Ele se colocou como indicado pela presidência para resolver os problemas derivados da Lava Jato."
Odebrecht disse que, quando Bendine assumiu a presidência da Petrobras, "a coisa mudou um pouco de figura". "Ele tinha uma posição que, de fato, poderia atrapalhar a gente."
Em maio de 2015, houve, segundo o empresário, uma reunião na casa de André Vieira da Silva, com Bendine e Fernando Reis.
"Me disseram: 'Olha, ele (Bendine) vai, em um contexto da reunião, falar isso como se fosse uma senha, dessa forma vai ficar evidenciado o pedido que André está fazendo."
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