Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 07 de Novembro de 2017 às 18:12

Nomeação de aliado de Aécio é vista como acordo

A nomeação de Pablo César de Souza (PSDB), ex-vereador de Belo Horizonte, para comandar a Superintendência de Minas Gerais do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM-MG) provocou um pedido de dispensa por parte de 21 servidores comissionados do órgão.
A nomeação de Pablo César de Souza (PSDB), ex-vereador de Belo Horizonte, para comandar a Superintendência de Minas Gerais do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM-MG) provocou um pedido de dispensa por parte de 21 servidores comissionados do órgão.
Em carta ao ministro de Minas e Energia e ao diretor-geral do DNPM, os servidores afirmam que Pablito, como é conhecido, não tem formação na área e é um "político profissional".
Pablito é próximo do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e foi nomeado no dia 17 de outubro, pouco antes da votação na Câmara dos Deputados da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). Para os funcionários, a nomeação, feita pelo Ministério de Minas e Energia, serviu para angariar apoio dos tucanos mineiros.
Na carta, os servidores afirmam que "a nomeação de uma pessoa sem qualquer formação e experiência técnicas para um cargo de singular importância e complexidade resta temerária ou no mínimo desconfortante". O documento foi revelado nesta segunda-feira pelo site "O Beltrano".
Neste ano, o ex-vereador foi mencionado por Benedicto Júnior, um dos delatores da Odebrecht, como beneficiário de R$ 100 mil, entre 2010 e 2012, no esquema de corrupção da empreiteira descoberto pela Lava Jato. Pablito aparece nas planilhas com o codinome de "calvo". "Ele não tem um passado neutro, mas, antes de qualquer coisa, ele não tem uma envergadura técnica", diz Fernando Alves Drummond de Oliveira, chefe do Setor de Serviço de Controle de Títulos Minerais.
No órgão há 12 anos, Oliveira diz que ocupar a chefia do DNPM-MG, responsável pela gestão mineral do principal estado produtor do País, serve a interesses econômicos e dá força política. "Nunca existiu alguém ocupando uma posição tão estratégica com um passado tão preocupante e que não tenha qualquer vínculo com o setor. Não é nada contra ele ou o partido, é um protesto, um sinal de basta contra essa ingerência que passa de todos os limites."
Pablito entrou em exercício no dia 1, mas apareceu no órgão poucas vezes. A direção do DNPM não se manifestou sobre o pedido de dispensa dos servidores - a tentativa é de contornar o mal-estar.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO