O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) permanecerá em Brasília até pelo menos o dia 20 de novembro, quando deve retornar a Curitiba, onde cumpre mandado de prisão preventiva no Complexo Médico-Penal de Pinhais.
A princípio, o ex-deputado permaneceria em Brasília somente até o fim dos interrogatórios presenciais da ação penal da Operação Sépsis. No entanto o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira deferiu um pedido da defesa para adiar o retorno de Cunha a Curitiba.
Na terça, durante seu interrogatório, Cunha afirmou não possuir mais fonte de renda e viver em "situação de absoluta penúria", motivo pelo qual não teria condições de pagar passagens para seus advogados irem a Curitiba, impossibilitando sua plena defesa na Sépsis.
Apesar de a Justiça ter autorizado o deslocamento temporário de Cunha a Brasília para exercer sua defesa presencial na ação penal da Sépsis, diversos pedidos apresentados pela defesa do ex-deputado, de transferência definitiva para a capital, foram negados.
De acordo com a decisão de Oliveira, a Polícia Federal (PF) deverá providenciar o retorno de Cunha a Curitiba entre os dias 20 de novembro, quando se encerra o prazo das alegações finais. O ex-deputado está em Brasília desde 15 de setembro, em uma instalação da Polícia Civil.