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Política

- Publicada em 05 de Novembro de 2017 às 18:17

Sérgio Cabral permanece preso e sem regalias

O presidiário Sérgio Cabral, que iniciou a semana prestes a ser enviado para um presídio de segurança máxima em Campo Grande (MS), quase terminou a semana com regalias de fazer corar qualquer outro colega de cadeia do ex-governador. Cabral e seus comparsas estavam prestes a usufruir de vasta videoteca a ser exibida em cinema particular, com TV de 65 polegadas, DVD e home theater.
O presidiário Sérgio Cabral, que iniciou a semana prestes a ser enviado para um presídio de segurança máxima em Campo Grande (MS), quase terminou a semana com regalias de fazer corar qualquer outro colega de cadeia do ex-governador. Cabral e seus comparsas estavam prestes a usufruir de vasta videoteca a ser exibida em cinema particular, com TV de 65 polegadas, DVD e home theater.
A aparelhagem estava sendo montada no interior da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona Norte do Rio de Janeiro, onde Cabral e seus companheiros de crime cumprem pena. Estava. O escárnio foi evitado aos 45 do segundo tempo.
A história do cinema de Cabral é escandalosa, como tudo o que cerca a vida do ex-governador no sistema carcerário carioca. Inicialmente, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que os aparelhos foram doados para a cadeia do Benfica pela Igreja Batista do Méier e pela Comunidade Cristã Novo Dia.
O pastor da Igreja Batista, João Reinaldo Purin, contudo, negou que tivesse feito a doação e disse que os três voluntários da congregação que assinaram o documento de doação dos aparelhos não tinham autorização para isso. Eles foram afastados. O pastor Cesar Dias de Carvalho, da Comunidade Cristã Novo Dia, disse que assinou o documento a pedido de Clotildes de Moraes, coordenadora dos voluntários da Igreja. "Não doamos nada."
Cabral queria ter TV de 65 polegadas e home theater na cadeia, mas a regalia foi cortada depois que a benesse veio a público.
Na verdade, soube-se depois, a compra dos equipamentos foi feita com dinheiro vivo a mando de Wilson Carlos, ex-secretário de governo de Cabral e que divide cela com o ex-governador. Carlos iria operar o cinema, que seria usado por todos os demais presos. Com isso, ele teria a pena diminuída em um dia para cada três dias de trabalho no cinema. Com o privilégio escancarado, a Seap teve que determinar a retirada dos aparelhos e colocar fim ao projeto.
No mesmo dia em que o cineminha privê de Cabral foi desativado em função do escárnio que a notícia provocou na opinião pública do Rio, o ex-governador recebeu uma boa notícia. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, aceitou recurso dos advogados do ex-governador contra sua transferência para presídio de segurança máxima em Campo Grande.
A decisão de confinar o ex-governador num presídio federal foi do juiz Marcelo Bretas, após Cabral fazer referência, durante uma audiência, de que a família do magistrado trabalhava no ramo de bijuterias e que, em razão disso, entendia "bastante de Caixa-2". Bretas considerou que Cabral vinha recebendo informações privilegiadas.
 
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