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Política

- Publicada em 01 de Novembro de 2017 às 21:20

Após agenda atrapalhada em Israel, Rodrigo Maia viaja à Itália

Marcada por reuniões oficiais breves a portas fechadas, cancelamentos e pouco contato com a imprensa, a agenda em Israel do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e da comitiva de mais nove deputados foi encerrada nesta quarta-feira (1º) com passeio turístico pela Cidade Velha de Jerusalém e visita a Belém, na Cisjordânia.
Marcada por reuniões oficiais breves a portas fechadas, cancelamentos e pouco contato com a imprensa, a agenda em Israel do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e da comitiva de mais nove deputados foi encerrada nesta quarta-feira (1º) com passeio turístico pela Cidade Velha de Jerusalém e visita a Belém, na Cisjordânia.
Lá, eles foram recebidos por um representante do Conselho Legislativo da Palestina no lugar do prefeito, Anton Salman, que cancelou o encontro pré-agendado.
O horário de partida para a Itália também foi alterado de última hora.
As fotos oficiais da visita à Cisjordânia foram produzidas pelo Escritório de Representação do Brasil junto ao Estado da Palestina e liberadas para a imprensa -mas barradas por Rodrigo Maia.
A reunião com o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, que havia sido divulgada pela assessoria de Maia, acabou não sendo confirmada. As outras duas reuniões previstas, com o presidente do Parlamento, Yuli Edelstein, e o ministro de Segurança Pública, Gilad Erdan, duraram cerca de 20 minutos.
Em ambas, houve apenas uma conversa formal e troca de cortesias. A comitiva em seguida reuniu-se, mais uma vez a portas fechadas, com representantes de empresas israelenses de segurança pública.
Na terça, houve outra mudança de agenda: em lugar de uma visita a Belém, na Cisjordânia, o grupo se deslocou para Ramalá. Ali, colocaram uma coroa de flores sobre o túmulo do líder Yasser Arafat e depois se reuniram por cerca de 20 minutos com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah.
A ida a Belém teve só um compromisso: a visita à Igreja da Natividade, que passa por restauração e precisa de apoio financeiro internacional para conclusão das obras.
O périplo começou na última sexta (27) e incluirá ainda dias em Portugal. A viagem tem sido criticada por acontecer em um momento crucial da política brasileira e pelo fato de ter sido custeada pelos cofres públicos.
A comitiva, à qual se agregou a mulher de Rodrigo Maia, é formada por Baleia Rossi (PMDB-SP), Marcos Montes (PSD-MG), José Rocha (PR-BA), Alexandre Baldy (Podemos-GO), Benito Gama (PTB-BA), Cleber Verde (PRB-MA), Heráclito Fortes (PSB-PI), Orlando Silva (PC do B-SP) e Rubens Bueno (PPS-PR), e hospedou-se no David Citadel, hotel cinco estrelas em Jerusalém cuja diária gira em torno de R$ 1.400 por quarto.
Os trajetos aéreos estão sendo realizados com um avião da FAB. O valor de uma passagem aérea com o trajeto São Paulo-Tel Aviv--Roma-São Paulo (sem incluir Portugal) teria o custo de R$ 28.500 em classe executiva, de acordo com o site da companhia Air France.
O dinheiro público também banca hospedagem, transporte local e alimentação. A diária é de US$ 550 (R$ 1.808) para cada um dos deputados.
Na semana passada, a assessoria de Rodrigo Maia afirmou que ele abriria mão do recebimento das suas.
Ao todo, cada deputado receberá US$ 2.750 (R$ 8.921), por 5 diárias -o custo das outras 4 corre por conta do parlamentar. Ou seja, as diárias, somadas, custarão quase R$ 90 mil aos cofres públicos.
Antes da partida, a assessoria de Maia informou que o objetivo da viagem seria fortalecer "a diplomacia parlamentar e debater temas de interesse do Brasil, como geopolítica, comércio bilateral, cultura e turismo".
Na Itália, o único compromisso é uma cerimônia no "monumento votivo militar brasileiro", nesta quinta (2). O local fica em Pistoia (norte do país) e foi feito em substituição ao cemitério onde jaziam brasileiros que morreram em combate na Segunda Guerra Mundial.
De lá, a comitiva vai a Lisboa. O sábado é reservado apenas para "agenda privada" em Lisboa, e a volta ao Brasil será no domingo.
Folhapress
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