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Opinião

- Publicada em 07 de Novembro de 2017 às 16:14

A greve e a economia da cidade

Esta gestão municipal faz mal à cidade, não somente pelos prejuízos diretos à população ao provocar e menosprezar uma greve tão longa e forte, mas também por ampliar a crise econômica em Porto Alegre. Ao parcelar salários, sem repor as perdas da inflação - sem ter comprovado que esta medida era incontornável, pois inspeção especial se instala no TCE e a Justiça aplica multas por isso - retira, em especial do comércio e dos serviços, massa significativa de investimentos.
Esta gestão municipal faz mal à cidade, não somente pelos prejuízos diretos à população ao provocar e menosprezar uma greve tão longa e forte, mas também por ampliar a crise econômica em Porto Alegre. Ao parcelar salários, sem repor as perdas da inflação - sem ter comprovado que esta medida era incontornável, pois inspeção especial se instala no TCE e a Justiça aplica multas por isso - retira, em especial do comércio e dos serviços, massa significativa de investimentos.
Mais de 20 mil famílias estão inseguras e não realizam nem planejam gastos desde maio deste ano. Estudos realizados pelo economista Cristiano Ghinis com base na matriz insumo-produto da FEE, dizem que o impacto será maior se aprovados os projetos que tramitam na Câmara que tiram regime de trabalho e ganhos na carreira do funcionalismo, chegando a ponto de causar desemprego nesses setores. A mobilização da categoria municipária denuncia que o governo insiste em abrir para a iniciativa privada um órgão que investe permanentemente em obras e serviços na cidade com recursos próprios e que tem capacidade de captação sem abrir mão da gestão e da receita da tarifa, como é o Dmae. Aliás, decisões de governo atrasaram irresponsavelmente inúmeras contratações fundamentais para a garantia de água no verão.
Podia ser pior? A cidade deixou ter esse investimento no desenvolvimento econômico e ainda terá impactos negativos na sua condição de vida - isso com dinheiro em caixa! Projeto que quer impor medidas como essas, de uma forma autoritária, arrogante e perversa - pois penaliza os servidores que atendem a população mais pobre com as políticas públicas - não pode prosperar. Esse é o recado da greve e da população, que vem apoiando por compreender o seu sentido: que as políticas públicas e escolhas de gestão sejam promotoras de desenvolvimento e participação democrática da população, e não que concorram para piorar a vida na cidade!
Vereadora de Porto Alegre (PT)
 
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