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Opinião

- Publicada em 07 de Novembro de 2017 às 16:14

Um universo predominantemente suicida

Ao referirmo-nos à epígrafe do título do presente artigo, somos levados a regressar a 500 anos passados, quando Martinho Lutero fez uma pergunta: "Qual o preço da fé?", aparentemente, não se estabeleceu conexão com algum questionamento que engendrasse tantas dúvidas, suspeições, hesitações, réplicas e tréplicas, como a que fez o esclarecido frade Martinho. Para admitir, acatar ou registrar como a influência da ação da fé age sobre os destinos do universo, basta contemplar a catastrófica atualidade de destruição, de aniquilamento, de assassinato em massa de comunidades inteiras, e os célebres crimes em série, de ataques indiscriminados, nos quais o criminoso e o suicida interagem.
Ao referirmo-nos à epígrafe do título do presente artigo, somos levados a regressar a 500 anos passados, quando Martinho Lutero fez uma pergunta: "Qual o preço da fé?", aparentemente, não se estabeleceu conexão com algum questionamento que engendrasse tantas dúvidas, suspeições, hesitações, réplicas e tréplicas, como a que fez o esclarecido frade Martinho. Para admitir, acatar ou registrar como a influência da ação da fé age sobre os destinos do universo, basta contemplar a catastrófica atualidade de destruição, de aniquilamento, de assassinato em massa de comunidades inteiras, e os célebres crimes em série, de ataques indiscriminados, nos quais o criminoso e o suicida interagem.
E para essa modalidade de crime, a propagação da fé, até aqui, não contribuiu em nada, seja para extingui-la, seja para atenuá-la. O que presenciamos neste século é o pré-dilúvio catastrófico, sinistro e em descomunal acréscimo, de uma incrível diversidade de atuações psicóticas e psicopatológicas de estupradores, crimes esses que levam forças armadas a intimidar as nacionalidades étnicas a aderirem aos seus propósitos. A cada dia surgem novos criminosos suicidas, munidos do que há em termos de eficácia mortífera, que leva um só elemento a destruir mais de 500 seres humanos. Estamos diante do conceito de Pompeu: "Navegar é preciso", que nos leva a uma correlação: Viver é preciso; morrer não é. Os segmentos religiosos em voga, que mais se emparelham à célebre pergunta luterana há 500 anos proferida, estão agora diante de tantas calamidades universais. Devemos refletir se não é oportuno repeti-la e, sobremaneira, pensar sobre ela, perguntando-nos se toda essa onda de crimes coletivos e perpetrados pelos guardiões da fé, a cargo de insanos mentais, são ordenados por Deus ou encarregados por Lúcifer, ou se vale a pena pagar tão alto preço pela fé, conforme Lutero, preconizou.
Psiquiatra e jornalista
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