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Internacional

- Publicada em 30 de Novembro de 2017 às 15:33

Ex-chefes do setor petrolífero são presos

Del Pino teria participado de esquema de corrupção de US$ 500 milhões

Del Pino teria participado de esquema de corrupção de US$ 500 milhões


/JOE KLAMAR/AFP/JC
Militares venezuelanos prenderam, nesta quinta-feira, sob acusação de corrupção, o ex-presidente da petroleira estatal PDVSA Eulogio del Pino e o ex-ministro de Petróleo Nelson Martínez. Ambos haviam sido destituídos de seus cargos no fim de semana passado.
Militares venezuelanos prenderam, nesta quinta-feira, sob acusação de corrupção, o ex-presidente da petroleira estatal PDVSA Eulogio del Pino e o ex-ministro de Petróleo Nelson Martínez. Ambos haviam sido destituídos de seus cargos no fim de semana passado.
Engenheiro, Del Pino é acusado de participar de um esquema de corrupção de US$ 500 milhões na joint venture da PDVSA com a Petrozamora. Martínez teria autorizado, sem consentimento do governo, um acordo de refinanciamento para a Citgo, subsidiária da petroleira nos EUA, afirmou o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab.
As prisões desta quinta-feira são o último desdobramento de uma investigação que, nos últimos meses, levou à cadeia 65 executivos da empresa estatal. Na semana passada, as autoridades prenderam o presidente e cinco vices da PDVSA por "roubo descarado", nas palavras do presidente Nicolás Maduro.
Agora, as atenções se voltam para Rafael Ramírez, embaixador venezuelano na Organização das Nações Unidas (ONU) destituído na quarta-feira por Maduro e chamado de volta a Caracas. Ele fora enviado pelo presidente ao posto nas Nações Unidas em 2014, ficando afastado de sua forte atuação no setor petrolífero no país. O novo ministro de Petróleo e presidente da PDVSA, general Manuel Quevedo, denunciou uma "sabotagem da produção" no país e ameaçou deixar de vender petróleo para os EUA - possibilidade que analistas consideram pouco provável.
"Tivemos que prender mais de 20 pessoas que estiveram envolvidas em um plano de sabotagem da produção", afirmou Quevedo durante uma reunião da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) em Viena.
O "plano de sabotagem" foi comparado por Quevedo com "o que aconteceu na Venezuela em 2002 e 2003, um golpe orquestrado contra (o então presidente Hugo) Chávez". "Desta vez, estavam fazendo todo um planejamento para ir reduzindo a produção."
País com as maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela produziu, em outubro passado, 1,94 milhão de barris diários, 160 mil a menos do que no mesmo mês do ano anterior. Em meio ao menor nível de produção desde 1989, Maduro nomeou Quevedo para a pasta, no domingo, com o objetivo de fazer uma "limpeza" e aumentar a produção. "Temos que fazer, pelo menos, 1 milhão de barris a mais do que estamos produzindo hoje", pediu o governante.
Contudo, não será fácil alcançar essa quantidade, segundo vários analistas, que apontam a falta crônica de investimentos e a corrupção como principais causas da crise do setor petrolífero do país.
 
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