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Internacional

- Publicada em 28 de Novembro de 2017 às 15:23

TV revela última comunicação de submarino

Aviões, navios e submarinos são usados nas buscas ao ARA San Juan

Aviões, navios e submarinos são usados nas buscas ao ARA San Juan


/CARLOS REYES/AFP/JC
Quase duas semanas após o desaparecimento do ARA San Juan, um canal de televisão argentino vazou, na noite de segunda-feira, o conteúdo da última comunicação do comandante do submarino antes de sumir. A mensagem, assinada por Claudio Javier Villamilde, foi enviada na manhã de 15 de novembro ao Comando da Força de Submarinos, que a reenviou ao Comando de Isolamento e Adestramento por radiofrequência.
Quase duas semanas após o desaparecimento do ARA San Juan, um canal de televisão argentino vazou, na noite de segunda-feira, o conteúdo da última comunicação do comandante do submarino antes de sumir. A mensagem, assinada por Claudio Javier Villamilde, foi enviada na manhã de 15 de novembro ao Comando da Força de Submarinos, que a reenviou ao Comando de Isolamento e Adestramento por radiofrequência.
"Entrada de água do mar pelo sistema de ventilação ao tanque de baterias número três ocasionou curto-circuito e princípio de incêndio no balcão de baterias. Baterias de proa fora de serviço no momento de imersão propulsando com circuito dividido. Sem novidades de pessoal. Manterei informado", diz a mensagem revelada pelo canal A24.
O porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, explicou que, em linguagem da força, "princípio de incêndio" quer dizer incidente "sem chamas". E ressaltou que as baterias de popa da nave continuavam em funcionamento, garantindo a propulsão (com circuito dividido). Afirmou, ainda, que a entrada de água aconteceu pelo snorkel, durante procedimento de renovação do ar dentro do submarino.
Balbi disse, ainda, que, devido a restrições legais, a Marinha não podia divulgar o despacho, tido como confidencial. Mas a revelação da última mensagem causou um alvoroço na imprensa do país, que avalia que talvez a Marinha tenha omitido informações importantes sobre o ARA San Juan. No início, por exemplo, a Marinha noticiou o caso apenas como uma "falha de comunicação" entre a embarcação e o comando, sendo que, aparentemente, já havia sido informada sobre o problema de entrada de água, curto-circuito e falha nas baterias.
Além disso, o porta-voz afirmou que nem o comandante da nave, nem o Comando de Submarinos consideraram o problema ARA San Juan uma emergência, já que o submarino prosseguia em propulsão em direção a Mar del Plata. Por isso, disse, a Marinha considerou a situação um problema apenas quando houve a posterior perda de comunicação, fato que foi relatado à imprensa e às famílias.
O porta-voz admitiu que a situação das buscas pelo submarino é de incerteza e teve de responder a críticas, mais uma vez, sobre o manejo de informações sobre o caso, após o vazamento da última comunicação enviada pela embarcação. "A Marinha não gera as incertezas. A situação é incerta. Houve um monte de ecos, uma balsa", afirmou Balbi. "São momentos críticos, angustiantes."
O ARA San Juan, com 44 tripulantes, está desaparecido desde 15 de novembro. A embarcação estava em um exercício de vigilância na zona econômica exclusiva marítima argentina a cerca de 400 quilômetros a Leste de Puerto Madryn, na Patagônia (Sul do país). Ele se dirigia de volta à sua base em Mar del Plata, ao Norte, quando as comunicações foram interrompidas.
 
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