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Internacional

- Publicada em 18 de Novembro de 2017 às 01:09

Submarino argentino está desaparecido

Um submarino argentino com 44 tripulantes está desaparecido desde a manhã de quarta-feira (15). A Marinha do país lançou uma operação de resgate, envolvendo duas corvetas e aviões de patrulha. O ARA San Juan estava em um exercício de vigilância na zona econômica exclusiva marítima argentina, 400 km a leste de Puerto Madryn, na Patagônia (sul do país).
Um submarino argentino com 44 tripulantes está desaparecido desde a manhã de quarta-feira (15). A Marinha do país lançou uma operação de resgate, envolvendo duas corvetas e aviões de patrulha. O ARA San Juan estava em um exercício de vigilância na zona econômica exclusiva marítima argentina, 400 km a leste de Puerto Madryn, na Patagônia (sul do país).
Ele estava em trânsito de Ushuaia, no extremo sul, e se dirigia de volta a sua base de origem, em Mar del Plata, ao norte, quando as comunicações foram interrompidas. Há relatos na imprensa local de que houve um incêndio nas baterias do barco, mas a Marinha argentina não confirma a informação. Os dados sobre o caso são escassos, o que tem levado a críticas na imprensa argentina.
A Marinha evitou tratar o caso como uma "emergência". Preferiu falar em "perda de contato". De todo modo, o presidente Mauricio Macri acompanhará as buscas a partir de Mar del Plata. Nesta sexta (17), havia um boato de que o barco havia sido encontrado, mas ele foi negado pela Marinha, segundo o jornal "Clarín". A tripulação inclui Eliana María Krawczyk, 35, a primeira submarinista da América do Sul. Ela virou uma celebridade no país ao completar a escola preparatória para a função em 2012 e atualmente é a responsável pelos armamentos no San Juan.
Estados Unidos, Reino Unido e Chile ofereceram ajuda ao governo argentino com embarcações e imagens de satélite para encontrar a embarcação. A circunstância evoca uma tragédia ocorrida no ano 2000, quando o submarino nuclear russo Kursk sofreu uma explosão no seu compartimento de torpedos e afundou no mar de Barents -os 118 tripulantes morreram, muitos por asfixia após sobreviver ao impacto inicial.
O San Juan é um aparelho bastante diferente. Menor em proporções, de propulsão que combina motores a diesel (para uso na superfície) e elétrico (quando submerso), é uma arma de patrulha e ataque com torpedos.
Ele é um dos três submarinos à disposição de Buenos Aires. Faz parte da classe TR-1700, construída pela Alemanha a pedido da Argentina nos anos 1980. Dois dos seis barcos planejados foram entregues, mas o programa não foi adiante. A embarcação irmã do San Juan, o Santa Cruz, está na ativa. Um terceiro modelo em operação pelo país é da família alemã Tipo-209, a mesma que tem cinco barcos operados pelo Brasil.
A Marinha brasileira optou, em 2009, por deixar os modelos alemães em favor do francês Scorpène, que terá quatro unidades feitas no país antes de avançar para um de propulsão nuclear. O programa argentino com os alemães era semelhante ao brasileiro dos anos 1980, prevendo construção local após as primeiras unidades, mas acabou ficando só nos dois barcos feitos na Europa.
O San Juan foi entregue em 1985, e de 2008 a 2013 passou por uma longa revisão visando lhe garantir mais 30 anos de vida útil. A Marinha argentina, como suas Forças Armadas de forma geral, passa por um processo de degradação acelerada há muitos anos. Possui 11 navios principais de superfície, 3 submarinos, 16 embarcações de patrulha costeira, entre outros.
Segundo avaliação do anuário "Balanço Militar", do Instituto Internacional para Estudos Estratégicos, de Londres, o país pode ter um incremento em sua capacidade militar sob o governo de Macri, mas isso ainda é incerto. O gasto com defesa do país vizinho em 2016 foi de 0,92% do PIB -o Brasil gastou no período 1,4% do PIB, mas o número camufla fatos como o de que 73% do valor foi destinado para pagamento de pessoal.
Folhapress
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