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Estados Unidos

- Publicada em 12 de Novembro de 2017 às 17:57

Trump reafirma defesa das relações com Putin

Republicano se dispôs a mediar conflito envolvendo mar do Sul da China

Republicano se dispôs a mediar conflito envolvendo mar do Sul da China


/JIM WATSON/AFP/JC
Em mais um dia de sua visita à Ásia, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a defender ontem o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e disse confiar que a China mediará as conversas com a Coreia do Norte. Após ter dito, no sábado, que Putin lhe assegurara que não tinha se intrometido nas eleições presidenciais norte-americanas, Trump afirmou que o líder russo se sentiu "insultado" pelas acusações, e "isso não é bom para o nosso país".
Em mais um dia de sua visita à Ásia, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a defender ontem o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e disse confiar que a China mediará as conversas com a Coreia do Norte. Após ter dito, no sábado, que Putin lhe assegurara que não tinha se intrometido nas eleições presidenciais norte-americanas, Trump afirmou que o líder russo se sentiu "insultado" pelas acusações, e "isso não é bom para o nosso país".
De acordo com o republicano - que voltou a usar o Twitter para se manifestar -, ao encontrar Putin em Danang (Vietnã), na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), foram "boas as discussões sobre a Síria". "Espero sua ajuda para resolver, ao lado da China, a perigosa crise da Coreia do Norte." Além disso, Trump voltou a atacar os críticos, questionando quando "tolos e raivosos" vão parar de minar as boas relações com a Rússia. "Quero resolver Coreia do Norte, Síria, Ucrânia, o terrorismo, e a Rússia pode ser útil", declarou.
As novas manifestações do presidente dos EUA em relação à suposta não interferência russa nas eleições ocorrem um dia após o diretor da CIA (Agência Central de Inteligência), Mike Pompeo, ter mantido suas acusações sobre atividades suspeitas do Kremlin no âmbito do pleito. Trump disse, ainda, acreditar que as novas sanções impostas pelos chineses irão amenizar os ímpetos do ditador norte-coreano, Kim-Jong-un. E, em outro tuíte, o norte-americano questionou por que o norte-coreano o chama de "velho" se ele nunca chamou o ditador de "baixinho e gordo".
Outra questão abordada pelo presidente dos Estados Unidos no Vietnã foi o mar do Sul da China, alvo de disputa em que cinco países contestam as condições para navegação impostas por Pequim. "Se eu posso ajudar a mediar ou arbitrar, por favor, avise-me", afirmou Trump, em conferência em Hanói com o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang. "Sou um excelente mediador e árbitro", completou o norte-americano. Quang afirmou que o Vietnã acredita em negociações pacíficas e com base nas leis internacionais para lidar com as disputas no mar da China meridional. Além do Vietnã, Brunei, Malásia, Filipinas e Taiwan têm reivindicações sobre a região.

Pyongyang chama norte-americano de 'lunático'

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte condenou, no sábado, a defesa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da desnuclearização do país e qualificou o líder norte-americano de "lunático". No primeiro comunicado oficial desde o início da visita do norte-americano à Ásia, a chancelaria afirmou que "a bélica viagem de Trump à região tem como objetivo confrontar nosso país, tentando remover nosso sistema nuclear de autodefesa".
O texto acusa, ainda, Trump de tentar "demonizar" a Coreia do Norte e manter o país afastado da comunidade internacional. "Os imprudentes discursos de um velho lunático como Trump jamais vão nos assustar ou deter nosso avanço. Ao contrário, tudo o que ele fala nos dá a certeza que a escolha de promoção do crescimento econômico ao mesmo tempo da construção da força nuclear é mais do que justa, bem como nos dá ainda mais ânimo para completar nossos esforços para fabricação de armas", afirma o texto.
Na quarta-feira, o presidente dos Estados unidos pediu, em um discurso na Assembleia Nacional na Coreia do Sul para que o regime de Kim Jong-un não desafie o seu país com ameaças nucleares. "Os EUA não procuram confronto, mas não fugimos dele", disse.