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- Publicada em 01 de Novembro de 2017 às 13:21

Mais Médicos deve ser prorrogado por mais três anos, prevê ministro da Saúde

Ministro não descartou criação de uma carreira de Estado para médicos formados no Brasil

Ministro não descartou criação de uma carreira de Estado para médicos formados no Brasil


EVARISTO SÁ/AFP/JC
Agência Brasil
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, declarou nesta quarta-feira (1º) que o Programa Mais Médicos, que tem término previsto para 2019, deverá ser prorrogado mais três anos. O ministro participou, na capital paulista, do World Hepatitis Summit 2017, encontro que reúne especialistas em saúde pública e organizações não governamentais (ONGs) para debater a eliminação de hepatites virais.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, declarou nesta quarta-feira (1º) que o Programa Mais Médicos, que tem término previsto para 2019, deverá ser prorrogado mais três anos. O ministro participou, na capital paulista, do World Hepatitis Summit 2017, encontro que reúne especialistas em saúde pública e organizações não governamentais (ONGs) para debater a eliminação de hepatites virais.
“Eu não acredito que tenhamos, até 2019, médicos brasileiros, formados no Brasil, dispostos a estar onde estão os médicos do Mais Médicos. Lugares afastados, lugares de alto risco, com pouca segurança”, disse ele. O programa, criado para suprir a falta de profissionais de saúde em regiões pobres e mais afastadas dos grandes centros, conta com 18.240 médicos em 4.058 municípios, atendendo 63 milhões de pessoas.
O ministro prevê que o programa será renovado no mesmo sistema usado atualmente, com pagamento de bolsas aos participantes e incentivo à abertura de cursos de medicina e residência medica em saúde da família. “Não me parece que poderemos abrir mão dos conveniados em 2019”, ressaltou o ministro.
O ministro não descartou a possibilidade da criação de uma carreira de Estado para médicos formados no Brasil no Sistema Único de Saúde (SUS), mas ponderou que existem grandes obstáculos. “A equação é muito complexa, porque esbarra em princípios constitucionais da isonomia. O limite constitucional do teto do servidor público diz que, nos municípios, o maior salário é do prefeito. Isso não se viabiliza para a contratação de médicos nesses locais”, afirmou.
Outro ponto levantado pelo ministro é a irredutibilidade de remuneração. “Pela lógica, (o médico) teria que ganhar muito mais no início da carreira num posto muito afastado e menos quando vier para cidade grande. Mas a Constituição não permite a redução do salário”, exemplificou. “Esses princípios constitucionais dificultam a implantação da carreira médica no Brasil”, disse.
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