A madrugada de 29 de novembro de 2016 jamais será esquecida no mundo do esporte. O avião da LaMia que conduzia a delegação da Chapecoense e alguns jornalistas para a Colômbia caiu a poucos quilômetros do aeroporto José Maria, em Rio Negro, região metropolitana de Medellín. A falta de combustível provocada pela incompetência da companhia aérea boliviana matou 71 pessoas que iriam vivenciar a final da Copa Sul-Americana, diante do Atlético Nacional.
Seis pessoas sobreviveram - dois comissários de voo, um jornalista e três jogadores do clube catarinense. E, um ano após o desastre, muitas perguntas seguem sem respostas. De acordo com Freddy Larrea, promotor da região de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, de onde partiu o voo, foi pedida a ampliação do prazo para as investigações devido à complexidade do caso.
O jurista não descarta incluir nas investigações o ex-senador venezuelano Ricardo Albacete e sua filha Loredana Albacete, acusados de serem os verdadeiros donos da companhia, que deixou de operar desde o acidente. O jornal boliviano El Deber publicou uma série de documentos provando o elo entre os venezuelanos e a LaMia. As provas passaram por perícia do Instituto de Investigações Técnicas Científicas da Universidade Policial, órgão ligado ao Ministério Público boliviano.
Larrea solicitou informes sobre dois aviões confiscados, pertencentes a Albacete e avaliados em US$ 60 milhões. As aeronaves têm a logomarca da LaMia e foram apreendidas semanas após o acidente.
Ainda não há um laudo final por parte das autoridades colombianas apontando todos os motivos e os responsáveis pela queda do avião. Dentro de campo, a Fifa determinou que todas as partidas realizadas ontem e hoje devem respeitar um minuto de silêncio, como forma de homenagem às vítimas.