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Economia

- Publicada em 30 de Novembro de 2017 às 00:08

Setor vitivinícola ainda enfrenta desafios no País

Consumo per capta atualmente no Brasil é de apenas 1,8 litro/ano

Consumo per capta atualmente no Brasil é de apenas 1,8 litro/ano


VINÍCOLA DOM CÂNDIDO/DIVULGAÇÃO/JC
Carolina Hickmann
Culturalmente, no País, a apreciação de vinhos e espumantes está ligada a ocasiões especiais e datas comemorativas, o que mantém o consumo per capta da bebida em cerca de 1,8 litro/ano. A quantidade é bastante inferior aos nove litros anuais consumidos no Rio Grande do Sul por pessoa no mesmo período, e ainda menos significativa na comparação com países vizinhos, como Uruguai e Argentina, onde o consumo per capta chega à casa de dois dígitos. Enxergando o restante do País como um mercado potencial, representantes do setor presentes no Tá na Mesa, da Federasul, ontem, falaram em modificar a cultura através da informação, para, assim, disseminar o consumo consciente das bebidas.
Culturalmente, no País, a apreciação de vinhos e espumantes está ligada a ocasiões especiais e datas comemorativas, o que mantém o consumo per capta da bebida em cerca de 1,8 litro/ano. A quantidade é bastante inferior aos nove litros anuais consumidos no Rio Grande do Sul por pessoa no mesmo período, e ainda menos significativa na comparação com países vizinhos, como Uruguai e Argentina, onde o consumo per capta chega à casa de dois dígitos. Enxergando o restante do País como um mercado potencial, representantes do setor presentes no Tá na Mesa, da Federasul, ontem, falaram em modificar a cultura através da informação, para, assim, disseminar o consumo consciente das bebidas.
"A partir dessa constatação, inclusive, avaliamos a criação de um fundo conjunto para divulgar a bebida", comenta o presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Dirceu Scottá. A ação torna-se ainda mais necessária na medida em que a comercialização de vinhos em 2017 deve apenas empatar com a de 2016, quando as vendas para o mercado interno foram de 185.164.362 litros, número 18,5% inferior ao de 2015. O baixo resultado, diz Scottá, aconteceu devido a condições climáticas que atingiram a safra passada, além da crise econômica. As perspectivas para 2018, por outro lado, são de retomada, com acréscimo de 5% a 10% na comercialização.
Dentro dessas perspectivas, o presidente do grupo Famiglia Valduga, Juarez Valduga, propõe a desmitificação do processo de degustação de vinhos. "O ritual é bacana, mas cada um precisa tomar o vinho que mais gosta e com o que quiser comer", argumenta, ao ressaltar que assim é consumido o vinho na serra gaúcha e em outras partes do Estado. Por outro lado, o enólogo e proprietário da Don Laurindo, Ademir Brandelli, lembrou que este é o momento de mudanças, já que o avanço da indústria vitivinícola, nos últimos 20 anos, é muito significativo, o que colocou as marcas nacionais em condições competitivas com qualquer rótulo europeu.
O custo Brasil é citado pelos empresários como um entrave competitivo ao setor. "Neste ano, tivemos aumento de IPI e ICMS. Cada custo a mais precisa ser repassado ao restante da cadeia", enfatiza Scottá. O representante da categoria lembra que uma vinícola que venda para todos os estados terá 27 tabelas de incidência de tributos. "Para cada estado é um cálculo", lembra, ao enfatizar que, em média, 57% do preço pago por uma garrafa de vinho é destinado aos impostos.
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