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Economia

- Publicada em 29 de Novembro de 2017 às 17:24

Juros fecham em forte alta com pessimismo sobre Previdência e Treasuries

Agência Estado
Os juros futuros encerraram a quarta-feira (29) em alta e nas máximas, refletindo a piora da percepção de risco sobre a reforma da Previdência, sobretudo os contratos de longo prazo. Também contribuiu para esse movimento o comportamento dos Treasuries, cujos rendimentos nesta quarta igualmente avançaram de maneira firme.
Os juros futuros encerraram a quarta-feira (29) em alta e nas máximas, refletindo a piora da percepção de risco sobre a reforma da Previdência, sobretudo os contratos de longo prazo. Também contribuiu para esse movimento o comportamento dos Treasuries, cujos rendimentos nesta quarta igualmente avançaram de maneira firme.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 7,13%, de 7,08% no ajuste de terça, e a do DI para janeiro de 2020 avançou de 8,30% para 8,41%. A taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou em 9,33%, de 9,19%, e a do DI para janeiro de 2023 em 10,19%, de 10,04%. Todos estes contratos fecharam nas máximas.
O sentimento do mercado sobre o andamento da reforma piorou muito no período da tarde, em meio a declarações de membros da base aliada e outros políticos em Brasília que sinalizaram, na avaliação dos profissionais, que o governo está muito longe de um consenso para aprovar o texto ainda este ano. Faltando poucos minutos para o encerramento da sessão regular, o dólar e os juros ampliaram a alta e renovaram máximas, com ajuda das declarações do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Ele afirmou que o pedido do senador Aécio Neves (PSDB-MG) por fechamento de questão sobre Previdência é "inoportuno", pois a linguagem do partido é de "convencimento" e "troca". Afirmou ainda que não existe nenhum partido da base do governo que tenha unanimidade sobre reforma
Mais cedo, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, havia dito que a reforma da Previdência, mais enxuta, já está "no osso" e não tem mais espaço para novas concessões, enquanto o relator da PEC da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), admitiu que ainda não há votos suficientes para aprovar hoje a reforma. "Não tem votos para aprovar hoje, ainda não. Temos que fazer um exercício político grande para aprovar", afirmou.
Com a sessão regular já encerrada, na tarde desta quarta, o líder do PP na Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), disse que o PP só fecha questão para Previdência "se tiver uma maioria esmagadora, que não tem hoje". "Não sei de onde tiraram essa história de que Previdência será votada dia 6/12", disse.
Além das incertezas sobre a Previdência, o câmbio é afetado ainda pela volatilidade em torno do fechamento da Ptax do mês, na quinta-feira, 30, que vai balizar a liquidação de contratos futuros. Às 16h27, o dólar à vista batia máxima de R$ 3,2478 (+1,08%).
No exterior, o rendimento da T-Note de dez anos se aproximava de 2,40%, marcando 2,384%. O movimento é atribuído aos dados do PIB do terceiro trimestre indicando crescimento firme da economia dos EUA e à expectativa de aprovação da proposta de reforma tributária no Senado.
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