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indústria

- Publicada em 27 de Novembro de 2017 às 18:20

Recuperação da indústria gaúcha avança

Produção foi a maior verificada para o mês de outubro desde 2013, segundo sondagem da Fiergs

Produção foi a maior verificada para o mês de outubro desde 2013, segundo sondagem da Fiergs


MARCOS NAGELSTEIN/ARQUIVO/JC
Alguns indicadores da Sondagem Industrial de outubro da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) indicam que a recuperação da indústria gaúcha começa a ganhar força. A produção (54,8 pontos) foi a maior para o mês desde 2013 (55,7 pontos) e aumentou ante o mês anterior (46,5 pontos). Ao mesmo tempo, o emprego ficou estável (50,4 pontos), no melhor resultado para o mês em sete anos. "O crescimento na produção, juntamente com o da intenção dos empresários em investir nos próximos meses, sinaliza para a continuidade de um processo de evolução em curso", diz o presidente da Fiergs, Gilberto Petry.
Alguns indicadores da Sondagem Industrial de outubro da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) indicam que a recuperação da indústria gaúcha começa a ganhar força. A produção (54,8 pontos) foi a maior para o mês desde 2013 (55,7 pontos) e aumentou ante o mês anterior (46,5 pontos). Ao mesmo tempo, o emprego ficou estável (50,4 pontos), no melhor resultado para o mês em sete anos. "O crescimento na produção, juntamente com o da intenção dos empresários em investir nos próximos meses, sinaliza para a continuidade de um processo de evolução em curso", diz o presidente da Fiergs, Gilberto Petry.
Mesmo que a ociosidade na indústria gaúcha persista, ela se revelou menor na sondagem de outubro. O grau médio de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) subiu dois pontos percentuais entre setembro e outubro, e chegou a 68%. Já o indicador que avalia a UCI em relação à usual (44,3 pontos) atingiu o maior valor desde março de 2014. Outro indicador a apontar para uma melhora foi o dos estoques de produtos finais. Com 49,2 pontos, caiu em relação a setembro e continuou próximo ao nível planejado pelas empresas (51,2 pontos).
Este cenário mais favorável amplia as expectativas da indústria gaúcha para o futuro. É a primeira vez, desde 2013, que, no penúltimo mês do ano, os empresários projetam aumento da demanda (54,4 pontos) para os seis meses seguintes. O índice de exportações (53,3 pontos) mostrou que parte deve ser suprida pela demanda externa. Em consequência disso, as empresas pretendem aumentar as compras de matérias-primas (52,7 pontos). Já o indicador de emprego previsto (49,3 pontos) em novembro, se ainda não projeta expansão, ao menos é o valor mais alto para o mês desde 2012.
O levantamento realizado pela Fiergs também detectou a disposição da indústria gaúcha de elevar seus investimentos nos próximos seis meses. Os 51,6 pontos foram o maior valor do índice desde janeiro de 2015, e acima da média histórica de 47,1 pontos. Mas a decisão de investir ainda é baixa e está, de forma geral, associada a dois fatores: à confiança do empresário e à ociosidade nas fábricas. Portanto, a fase inicial da recuperação não deverá ser acompanhada de forte reação dos investimentos.
A sondagem de outubro foi realizada entre 1 e 14 de novembro, com 255 empresas (64 pequenas, 93 médias e 98 grandes). O indicador varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam expectativas de aumento e valores abaixo de 50, expectativas de queda. Para a intenção de investimentos, quanto maior o índice, maior a propensão a investir.

Índice de produção industrial sobe para 52,6 pontos, segundo dados da CNI

Ao contrário do que ocorreu nos últimos dois anos, a produção industrial cresceu na passagem de setembro para outubro, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala na qual valores acima dos 50 pontos indicam expansão da atividade, o índice de evolução da produção registrou 52,6 pontos no mês passado. Em setembro, o índice havia ficado em 48,1 pontos, indicando redução em relação a agosto.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) subiu 1 ponto percentual em outubro e chegou a 67%. O nível de ociosidade na indústria ficou 2 pontos percentuais menor que o verificado no mesmo mês do ano passado. "Ainda assim, é um percentual reduzido, pois está 7 pontos percentuais abaixo da média para o mês entre 2011 (início da série) e 2014", avaliou a CNI, no documento.
Também medido pela sondagem, o índice de evolução do número de empregados indicou uma interrupção no ciclo de demissões em outubro, com o indicador chegando a 49,7 pontos, praticamente na linha divisória dos 50 pontos que denota estabilidade no emprego. Essa foi a primeira vez desde novembro de 2013 que o índice não registrou queda nas vagas de trabalho da indústria.
Após registrar 50,9 pontos em setembro, o índice de estoques efetivos/planejados recuou para 49,9 pontos em outubro. Isso indica que o pequeno excesso de estoques verificado no mês anterior foi reduzido, com o indicador retornando para mais próximo dos 50 pontos que indicam que a produção estocada está conforme o planejado pelas empresas.
O documento da CNI também mostra que as expectativas da indústria se reduziram em novembro, mas continuaram positivas. A expectativa de demanda caiu de 55,7 pontos em outubro para 54,4 pontos neste mês; a de compra de matérias-primas recuou de 53,2 pontos para 52,5 pontos; e a de exportações retraiu de 52,9 pontos para 52,2 pontos.
Já o índice de intenção de investimento cresceu 1 ponto em novembro e chegou a 50,6 pontos, o maior patamar desde fevereiro de 2015. Na comparação com o penúltimo mês do ano passado, a alta no indicador foi de 6,7 pontos.