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Trabalho

- Publicada em 20 de Novembro de 2017 às 22:36

Saldo de empregos de outubro é o maior do ano

Indústria acumulou 37.321 novos postos formais no mês passado

Indústria acumulou 37.321 novos postos formais no mês passado


/FREDY VIEIRA/JC
O saldo de empregos formais no Brasil atingiu o melhor resultado deste ano, com a abertura de 76.599 novas vagas no mês de outubro. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram registradas 1.187.819 admissões e 1.111.220 demissões no mês passado.
O saldo de empregos formais no Brasil atingiu o melhor resultado deste ano, com a abertura de 76.599 novas vagas no mês de outubro. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram registradas 1.187.819 admissões e 1.111.220 demissões no mês passado.
Este foi o oitavo saldo positivo de 2017 e o sétimo consecutivo no ano, elevando o acumulado desde janeiro para 302.189 novos postos de trabalho. Também foi o melhor resultado do mês de outubro desde 2013, quando o Caged registrou saldo de 94,8 mil empregos. "São números que nos dão ainda mais certeza de que as medidas adotadas pelo governo colocaram o Brasil de volta nos trilhos do crescimento econômico", afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O saldo de outubro representa um crescimento de 0,20% em relação ao estoque de empregos celetistas do mês anterior. No acumulado de janeiro a setembro, a alta é de 0,79% sobre o estoque de dezembro de 2016.
O saldo de outubro também teve impacto positivo sobre o acumulado dos últimos 12 meses, que ainda ficou em -294.305, mas já indica uma forte recuperação na comparação com o acumulado até setembro, que foi de -466.654.
O crescimento do mercado formal em outubro foi puxado por três setores - comércio, indústria de transformação e serviços. "São setores que já vinham registrando números positivos. O crescimento destacado do comércio já reflete, também, o otimismo e o aumento da produção da indústria verificados em meses anteriores", lembrou o ministro Ronaldo Nogueira.
O saldo positivo do comércio chegou a 37.321 novos postos, alta de 0,42% em relação ao estoque de empregos de setembro. Desse saldo, 30.183 novas vagas foram geradas pelo comércio varejista e 7.138, pelo comércio atacadista.
A indústria de transformação veio logo após, com 33.200 novas vagas no mês ( 0,45%), registrando expansão em 11 dos 12 subsetores da atividade industrial. Destacaram-se as indústrias de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (20.565 empregos); têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (2.235); química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria (2.080); da madeira e mobiliário (2.080); mecânica (1.916); do material elétrico e de comunicações (1.310); e a de papel, papelão, editorial e gráfica (1.003).
O setor de serviços registrou 15.915 novos empregos formais ( 0,09%). Cinco dos seis subsetores de serviços tiveram saldo positivo: comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviço técnico (7.628 postos de trabalho); serviços médicos, odontológicos e veterinários (4.694); transportes e comunicações (2.540); ensino (842 postos formais); e serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação (293 vínculos).
Os recuos de outubro foram verificados nos setores da construção civil (-4.764 postos de trabalho), agropecuária (-3.551), serviços industriais de utilidade pública (-729), extrativa mineral (-532) e administração pública (-261).

Rio Grande do Sul abriu 8.084 novas vagas com carteira

Quatro das cinco regiões tiveram crescimento do nível de emprego em outubro, com o Nordeste mantendo-se na frente, a exemplo do que já acontecera em setembro. Foram 37.801 novos postos na região, alta de 0,60% em relação ao estoque do mês anterior.
A região Sul também voltou a aparecer entre os destaques, com a abertura de 21.444 postos ( 0,30%), acima do Sudeste, que registrou a abertura de 13.552 novas vagas ( 0,07%) e do Norte, com 4.210 postos de trabalho ( 0,24%). Apenas na região Centro-Oeste houve uma leve retração (-0,01% sobre o mês anterior), equivalente a 408 postos formais fechados.
Entre os estados e Distrito Federal, houve 22 saldos positivos no Caged de outubro. Alagoas liderou a expansão, com aumento de 4,93%, equivalente a um saldo de 16.393 empregos, seguido por São Paulo, com crescimento de 0,09% e saldo de 11.349 novos vínculos; e Pernambuco, que teve alta de 0,70% graças à geração de 8.718 novos postos.
Santa Catarina puxou o bom desempenho da região Sul, com crescimento de 0,43%, equivalente a 8.611 vínculos empregatícios; e o Rio Grande do Sul voltou a ter saldo positivo, com abertura de 8.084 novas vagas, um crescimento de 0,32%.
Também se destacaram Sergipe, com saldo de 5.491 postos ( 1,93%); Paraná, com a criação de 4.749 novas vagas ( 0,18%); e Minas Gerais, que teve saldo positivo de 4.509 vínculos empregatícios ( 0,11%). Segundo os dados do Caged, só cinco unidades da Federação tiveram retração no saldo de empregos em outubro. Foram elas Rio de Janeiro (-0,11%), Goiás (-0,14%), Acre (-0,26%), Amapá (-0,07%) e Bahia, com redução de somente 36 vagas.
O Caged também mostrou que, no mês de outubro, o salário médio de admissão no País foi de R$ 1.463,12, enquanto o salário médio de demissão foi de R$ 1.675,95. No acumulado de 12 meses, os ganhos reais (descontada a inflação pelo INPC) do salário médio de admissão foram de R$ 53,12 ( 3,8%), enquanto no salário de demissão chegam a R$ 65,75 ( 4,1%). Houve uma leve redução nos ganhos reais em outubro, de R$ 16,77 (-1,1%) no salário de admissão e de R$ 11,38 (-0,7%) no salário de demissão, em relação aos salários do mês de setembro de 2017.
O presidente Michel Temer usou as redes sociais para comentar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. "O Brasil está no caminho certo. O número de empregos criados só aumenta. Atingimos o melhor resultado do ano em outubro. É o melhor outubro desde 2013", acentuou. "Foram mais de 76 mil empregos formais. De janeiro para cá, mais de 300 mil postos de trabalho. E vamos avançar mais", completou o presidente usando um dos mais recentes slogans do governo federal.

Reação da ocupação no varejo perto do final do ano já é reflexo do Natal

O coordenador-geral de Estatísticas do Trabalho, Mário Magalhães, afirmou que o aumento do número de vagas de emprego no setor varejista em outubro (37.321 postos a mais), no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), é reflexo das contratações de Natal.
Segundo ele, o mês em que mais há contratações em função do Natal é, tradicionalmente, setembro. Na sequência, estão outubro e novembro. "O resultado de outubro confirma a sazonalidade positiva de contratação em fim de ano", afirmou. "O resultado de outubro confirma que a economia entra definitivamente nos eixos", acrescentou.
Segundo ele, os setores de comércio, serviços e indústria estão produzindo para atender demandas de fim de ano. "Dos 12 subsetores da indústria, 11 apresentaram crescimento em outubro", pontuou. "O resultado do Caged em novembro será positivo, mas não como em outubro", disse, lembrando que é natural que as contratações de fim de ano arrefeçam no penúltimo mês do ano. "Quem mantém o resultado positivo em novembro é o comércio."
Magalhães também justificou o fato de, em outubro ante setembro, o recuo de 1,13% do salário médio de admissão no Brasil, de R$ 1.479,89 para
R$ 1.463,12. Foi o segundo mês consecutivo de baixa. "Há sazonalidade", disse Magalhães. "A partir de agosto, você tem uma queda dos salários, que vai até dezembro."
Segundo ele, isso é explicado, em parte, pela natureza das ocupações em que ocorrem as contratações. No final do ano, o comércio é uma das principais fontes de contratação, sendo que os salários são mais baixos. "Sazonalmente, acontece queda do salário médio de admissão no final do ano", disse.