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Aeroportos

- Publicada em 19 de Novembro de 2017 às 23:53

Aeroportos podem estimular cidades do interior gaúcho

Aeroporto Lauro Kortz, de Passo Fundo, deve ter mais linhas aéreas

Aeroporto Lauro Kortz, de Passo Fundo, deve ter mais linhas aéreas


/ALEX BORGMANN/PREFEITURA DE PASSO FUNDO/DIVULGAÇÃO/JC
Esperadas há anos, obras de melhoria em dois aeroportos gaúchos parecem estar, finalmente, saindo do papel. À espera de conclusão desde a finalização da pista, em 2012, o aeródromo de Vacaria receberá um terminal de passageiros nos próximos meses, com obras já em andamento. Mais para o oeste, o aeroporto de Passo Fundo parece caminhar para o início das intervenções de ampliação, com verbas garantidas desde 2015. Ambas as cidades acreditam que, finalizadas as melhorias, os aeroportos servirão de estímulo ao desenvolvimento do turismo e de polos econômicos nas regiões.
Esperadas há anos, obras de melhoria em dois aeroportos gaúchos parecem estar, finalmente, saindo do papel. À espera de conclusão desde a finalização da pista, em 2012, o aeródromo de Vacaria receberá um terminal de passageiros nos próximos meses, com obras já em andamento. Mais para o oeste, o aeroporto de Passo Fundo parece caminhar para o início das intervenções de ampliação, com verbas garantidas desde 2015. Ambas as cidades acreditam que, finalizadas as melhorias, os aeroportos servirão de estímulo ao desenvolvimento do turismo e de polos econômicos nas regiões.
Em Passo Fundo, na região do Planalto, a expectativa é pela consolidação de um maior número de linhas e de companhias aéreas. O aeroporto Lauro Kortz, que hoje possui ligação com Campinas e Florianópolis (esta, apenas no verão) mantida pela Azul, terá obras no terminal de passageiros, pátio de aeronaves, seção contra incêndio, área de segurança de fim de pista e estacionamento, além de recuperação da pista e implantação de auxílios à navegação aérea. O investimento total é de R$ 45.051.546,39, com 97% do valor vindo da União e 3% de contrapartida do governo gaúcho, administrador do espaço.
Um termo de compromisso entre Brasília e o Rio Grande do Sul será assinado no próximo dia 24, repassando ao Piratini a responsabilidade sobre a obra. A expectativa, segundo o secretário adjunto dos Transportes, Vanderlan Frank Carvalho, é de publicar o edital até o início do ano que vem. "Já temos agendadas reuniões técnicas com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) e o setor de licitações do Estado, para que, na medida em que recebermos o material do governo federal, tenhamos uma resolução no menor espaço de tempo", garante o secretário, que classifica a obra como prioritária dentro do governo. O certame será feito em regime que contempla tanto projeto quanto execução à mesma ganhadora.
Entre a comunidade, a expectativa é de que o edital saia ainda em 2017, para evitar possíveis delongas por 2018 ser um ano eleitoral. "A assinatura é mais um passo dado, mas seguimos mobilizados para que as obras realmente aconteçam", comenta o prefeito do município, Luciano Azevedo. O mandatário argumenta que a praça é rentável, mas ainda carece em qualidade. "Com o aeroporto melhorado, teremos melhores condições de competitividade", analisa Azevedo, que projeta ter o espaço renovado até 2020.
O prefeito argumenta que, embora o Lauro Kortz seja o terceiro aeroporto gaúcho em movimentação, é o que mais cresceu percentualmente nos últimos anos. "Temos hoje em torno de 160 mil passageiros/ano, o fluxo mais que dobrou em três anos", justifica, ressaltando o caráter regional da praça, atendendo a 100 municípios do entorno. Apesar disso, a estrutura ainda não atende a todas as demandas. Um voo regular da cidade para Guarulhos, por exemplo, foi abandonado por falta de estrutura para aeronaves de maior tamanho, segundo o prefeito.
Vice-presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócios de Passo Fundo (Acisa), Marco Antônio Mattos vê o aeroporto como potencializador de um polo de pesquisa e desenvolvimento na região, em especial na área da saúde. "Evidente que isso acaba trazendo incremento para a indústria também, que, tendo Ensino Superior, fazendo pesquisa, vai se deslocar para Passo Fundo", projeta Mattos. Sem o aeroporto, ou mesmo com a situação atual, sem voo para Porto Alegre, o vice-presidente lembra que qualquer traslado à Capital demora cerca de quatro horas pela estrada, o que é visto como um desestímulo na competição com outros locais mais próximos de Porto Alegre. Com mais companhias e linhas, acredita Mattos, as tarifas também poderão ceder.

Vacaria pretende se transformar em polo logístico

Pista do aeroporto novo de Vacaria está próxima de se tornar realmente ativa

Pista do aeroporto novo de Vacaria está próxima de se tornar realmente ativa


SECRETÁRIA DOS TRANSPORTES DO RS /DIVULGAÇÃO/JC
Pouco utilizada nos últimos anos, a pista do aeroporto novo de Vacaria, com 2.020 metros de comprimento, está próxima de se tornar realmente ativa. Sem estruturas complementares, desde que foi entregue, em 2012, o trecho recebe apenas pousos e decolagens de aviões particulares. No último dia 7, porém, o governo do Estado assinou o início das obras de um terminal de passageiros. Com área de 167 m2, o investimento será de R$ 351.306,64 em recursos da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), solicitados pelo governo estadual junto à União. O prazo de execução é de 120 dias.
"Temos talvez a melhor pista do Estado, mas só isso. O terminal é um primeiro passo para aproveitar melhor uma obra que foi tão importante na época e depois ficou esquecida", comenta o presidente da Câmara de Indústria, Comércio, Serviços e Agropecuária de Vacaria, Paulo Miguel Lemos Vasques. O empresário salienta que a continuidade da construção é uma forma de dar utilidade social ao aeroporto, que, em valores corrigidos, já teria consumido cerca de R$ 35 milhões.
Entidades empresarias e poder público trabalham para conseguir viabilizar ainda equipamentos de iluminação, georreferenciamento e estação de rádio para controle de voo, que dariam capacidade de atuação completa ao aeródromo. A estimativa é de que faltem ainda cerca de R$ 10 milhões para finalizar o aeroporto. A principal aposta da cidade é conseguir parte da verba via emendas parlamentares, que já teriam sido prometidas por deputados gaúchos. Novos recursos via Cide são praticamente descartados pelo governo estadual pelo tamanho do aporte.
Há também a esperança, entretanto, de se conseguir os recursos pelo orçamento regular da União. "A SAC tem verbas que, já tendo uma estrutura mínima, podemos conseguir. O trunfo é que o valor é muito mais baixo do que outros parques que precisam ser feitos do zero", comenta Vasques.
O secretário de Desenvolvimento do município dos Campos de Cima da Serra, Mário Luis Lourencetti Almeida, afirma que, terminado o terminal, prefeitura e empresários locais bancarão o projeto executivo das obras restantes, ao custo de R$ 50 mil. Um grupo de 13 prefeituras da região tenta viabilizar parceria com empresas para voos de até 60 passageiros, para os quais o aeroporto já tem autorização.
Terminada a obra, o sonho é transformar a cidade em um polo logístico. "Temos possibilidade muito grande de ser uma grande válvula de escape para os produtos gaúchos que hoje vão a Viracopos (Campinas)", projeta Vasques. O potencial, acrescenta Almeida, vem pelo fato de o município contar com duas rodovias federais, uma ferrovia e relativa proximidade com o porto de Imbituba (SC).
"O município está disposto a doar áreas grandes e planas para empresas de logística que queiram se instalar aqui", comenta o secretário. A pista, inclusive, foi projetada para receber voos de carga, com reforço capaz de aguentar aeronaves de maior porte com peso completo. Outra aposta é no turismo. A ideia, segundo Almeida, é ser a porta de entrada para visitantes que buscam roteiros como os Aparados da Serra, Gramado e Canela. 

Governo do Estado espera novidades também para outros municípios

Santo Ângelo deve receber R$ 15 milhões da União para melhorias

Santo Ângelo deve receber R$ 15 milhões da União para melhorias


DANI BARCELLOS/PALÁCIO PIRATINI/JC
O governo gaúcho planeja melhorias em pelo menos outras duas cidades. Para Santo Ângelo, a União comunicou intenção de repassar R$ 15 milhões, que devem chegar em 2018. Há outros R$ 120 milhões federais planejados para o aeroporto de Vila Oliva, nova unidade para Caxias do Sul cuja outorga foi repassada ao município. "Estamos em tratativas para viabilizar voos comerciais em Bagé, com a Azul, e também buscando a binacionalização do aeroporto de Rivera", conta o secretário adjunto estadual dos Transportes, Vanderlan Frank Carvalho.
Para o secretário, a abertura de novas rotas e melhorias em unidades no Interior demonstram o sucesso do Programa Estadual de Desenvolvimento da Aviação Regional (PDAR), lançado pelo Piratini após sucumbir projeto federal voltado ao segmento. A medida dá descontos no ICMS do combustível de aviação às aéreas proporcionais ao número de municípios atendidos, o que incentiva a manutenção das linhas. Além da Azul, que opera em seis cidades, haveria interesse da Gol em oferecer rotas com aviões de 12 passageiros do Interior para Porto Alegre.