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Consumo

- Publicada em 16 de Novembro de 2017 às 22:27

Black Friday demanda preparo do setor de TI

"Queremos garantir tecnologia para suportar a data", diz Antoniazi, que tem equipe focada nas vendas

"Queremos garantir tecnologia para suportar a data", diz Antoniazi, que tem equipe focada nas vendas


MARIANA CARLESSO/JC
Muitos acessos ao mesmo tempo em um site podem comprometer o servidor que dá suporte aos movimentos de cliques de usuários. Essa é uma das principais preocupações para quem expõe e comercializa produtos em e-commerce na Black Friday, marcada para o próximo dia 24. Assim, empresas de Tecnologia da Informação (TI) precisam estar preparadas para manter o acesso das lojas virtuais nas 48 horas, um dia antes da data e no dia das superpromoções, em que o público mais efetua encomendas on-line. 
Muitos acessos ao mesmo tempo em um site podem comprometer o servidor que dá suporte aos movimentos de cliques de usuários. Essa é uma das principais preocupações para quem expõe e comercializa produtos em e-commerce na Black Friday, marcada para o próximo dia 24. Assim, empresas de Tecnologia da Informação (TI) precisam estar preparadas para manter o acesso das lojas virtuais nas 48 horas, um dia antes da data e no dia das superpromoções, em que o público mais efetua encomendas on-line. 
Segundo estimativa do Ebit, empresa referência em dados sobre o e-commerce brasileiro, o varejo eletrônico deverá faturar R$ 110,2 milhões com pedidos provenientes do Rio Grande do Sul durante a data. O valor corresponde a 5,1% do total nacional, estimado em R$ 2,19 bilhões. Outro detalhe é que a Black Friday já é considerada a segunda principal data de vendas do varejo no País. 
A WebContinental, que integra o Grupo Infoar em Porto Alegre, é uma das empresas responsáveis por turbinar os servidores meses antes de acontecer a data promocional. A empresa - que já atua em sua quarta edição da campanha - faz marketplace desde 2007, comercializando produtos virtualmente em um portal ativo 24 horas do dia. Neste ano, a data fez com que o diretor do Grupo Infoar, Rogério Antoniazi, e sua equipe composta por cerca de 200 pessoas transformassem as instalações da Infoar em um verdadeiro "campo de guerra" para a promoção.
> No vídeo, confira as dicas de Rogério Antoniazi, da Webcontinental:
Sistema, internet, sites e banco de dados são as ferramentas que precisam receber capacidade para executar normalmente, sem entraves ou lentidão, mesmo contabilizando milhares de acessos. Por isso, seis meses antes da Black Friday, a WebContinental já vem se preparando para a data que, como afirma Antoniazi, "garante o Natal de todo mundo". Os funcionários fazem plantões de pelo menos 12 horas por dia para planejar ações que facilitem o tráfego nas lojas virtuais - que somam mais de 500 fabricantes diretos e 100 mil itens em vitrine.
"Queremos garantir tecnologia para suportar a data", enfatiza o diretor do Grupo Infoar. Os produtos que devem ser campeões em venda são refrigerador duplex, ar-condicionado, cooktop (fogão de bancada), coifa para cozinha planejada e eletroportáteis. "A pressão se concentra toda próximo ao dia da Black Friday, e por isso trabalhamos a todo vapor próximo a data", conta. Segundo ele, durante a primeira quinzena de novembro, o movimento de vendas diminui, já que o público consome só o necessário e deve realizar as pesquisas do que pretende adquirir durante a data, quando a comercialização triplica.
A segurança na hora da compra é um ponto incentivado pelo programa Black Friday Legal, que alerta os empresários virtuais a ficarem ligados à legislação do e-commerce, em vigor desde o início de novembro. Ela prevê punição para lojistas que não respeitarem os direitos do consumidor, captando propagandas enganosas ou abusivas. A informação foi repassada pela advogada Marcia Ottoni, consultora da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) que destaca aspectos legais do comércio eletrônico.
O Decreto Federal nº 7.962, de 2013, exige que a loja virtual facilite o atendimento ao consumidor, informando no site os dados de pessoa jurídica, razão social, endereço físico, meios de contato eletrônico (telefone, chat, e-mail, WhatsApp etc.). Para os lojistas aproveitarem o período aquecido de compras na internet da forma mais eficaz, Thiago Lima, especialista em inovação digital e CEO do LinkApi, lista as falhas mais comuns para que sejam alvo de medidas preventivas. Nos pecados capitais dos sites está a lentidão do sistema - que faz o cliente trocar para a concorrência.

Quatro erros mais comuns do varejo e como preveni-los

Lentidão de sistemas: aumento de acessos pode ocasionar lentidão na plataforma do e-commerce, uma das principais falhas que irritam o cliente, que pode até mesmo desistir de efetuar a compra. Para evitar essa questão é importante alinhar com o suporte da plataforma ou com a equipe de TI quais as mudanças tecnológicas para comportar o aumento de fluxo.
Preços errados: na maioria dos casos, problemas de precificação estão relacionados a alterações manuais. A melhor forma de prevenção é automatizar os processos relacionados à mudança de preços e monitorar constantemente.
Problemas com o estoque: cancelamentos de compras e vendas em multiplataformas são alguns dos fatores que podem causar dores de cabeça aos lojistas. Para solucionar essa questão, a integração entre a plataforma do e-commerce e sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning) e marketplaces é essencial.
Demora na entrega: para isso, empreendedores apostam na integração entre os sistemas de logística e a plataforma de vendas.