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Economia

- Publicada em 07 de Novembro de 2017 às 17:05

Taxas futuras de juros fecham em alta com aumento da cautela com cenário fiscal

Agência Estado
Os juros futuros de longo prazo, que são termômetro da percepção de risco do investidor, fecharam a sessão desta terça-feira, (7)  em alta, refletindo as preocupações do mercado com o cenário fiscal, em meio ao aumento do pessimismo com a possibilidade de aprovação da reforma da Previdência e de outras pautas de interesse do governo no Congresso. O fortalecimento do dólar também contribuiu para a recomposição de parte dos prêmios que tinham sido devolvidos na segunda-feira (6).
Os juros futuros de longo prazo, que são termômetro da percepção de risco do investidor, fecharam a sessão desta terça-feira, (7)  em alta, refletindo as preocupações do mercado com o cenário fiscal, em meio ao aumento do pessimismo com a possibilidade de aprovação da reforma da Previdência e de outras pautas de interesse do governo no Congresso. O fortalecimento do dólar também contribuiu para a recomposição de parte dos prêmios que tinham sido devolvidos na segunda-feira (6).
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 7,29%, estável em relação ao ajuste de segunda, e a do DI para janeiro de 2020 subiu de 8,47% para 8,51%. A taxa do DI para janeiro de 2021 avançou de 9,28% para 9,34% e a do DI para janeiro de 2023, de 10,02% para 10,09%. Às 16h35, o dólar à vista subia 0,65%, aos R$ 3,2790.
A expectativa do mercado em relação ao andamento da reforma já era baixa, mas ficou ainda mais debilitada depois do presidente Michel Temer reconhecer, na segunda, em reunião com parlamentares e ministros, que a principal reforma do País pode nem sequer ser votada em seu governo. Resignado, fez um apelo para que os parlamentares tentem votar, se não o conjunto do pacote, pelo menos alguns pontos propostos pelo Planalto.
Dado o desconforto da declaração produzido no mercado, nesta terça, vários integrantes da equipe econômica - os ministros Dyogo Oliveira (Planejamento), Henrique Meirelles (Fazenda) e Eliseu Padilha (Casa Civil), o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida e a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi - tentaram desfazer o mal-estar, afirmando, de forma geral, que o governo não desistiu de tentar a reforma.
"Não (estamos "jogando a toalha"). Vamos continuar lutando (para aprovar a reforma da Previdência), fazer exatamente o que o presidente falou", disse Dyogo, que está na Itália, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
As declarações, contudo, não dissiparam a cautela, que se estende não somente ao texto da Previdência, mas ao risco de votação de outras pautas de interesse do governo, como o pacote de ajuste fiscal e o projeto de privatização da Eletrobras.
"O pano de fundo político está complicado. A Previdência em si é só o reflexo da desorganização da base aliada, que pode afetar outros projetos importantes e dificultar ainda mais cenário de ajuste fiscal", disse a economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour.
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