Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Conjuntura

- Publicada em 03 de Novembro de 2017 às 08:22

Analistas apontam fim da recessão na indústria

Setor automotivo aproveitou a valorização do dólar em razão da crise para vender a mercados na América Latina no início do ano

Setor automotivo aproveitou a valorização do dólar em razão da crise para vender a mercados na América Latina no início do ano


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A produção industrial brasileira teve alta pelo quinto mês consecutivo. Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira, mostrou que, em setembro, a produção da indústria teve alta de 2,6% em relação a igual período do ano passado. Após início de ano errático, com altas seguidas de quedas até abril, a indústria passou a uma trajetória de altas seguidas. Na comparação de setembro com agosto, a alta foi de 0,2%. Em nove meses deste ano, apenas dois meses apresentaram variação negativa na comparação com o mês imediatamente anterior.
A produção industrial brasileira teve alta pelo quinto mês consecutivo. Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira, mostrou que, em setembro, a produção da indústria teve alta de 2,6% em relação a igual período do ano passado. Após início de ano errático, com altas seguidas de quedas até abril, a indústria passou a uma trajetória de altas seguidas. Na comparação de setembro com agosto, a alta foi de 0,2%. Em nove meses deste ano, apenas dois meses apresentaram variação negativa na comparação com o mês imediatamente anterior.
Também em setembro, o País registrou marcas significativas que levaram analistas a falar em fim da recessão na indústria. A alta da produção no acumulado em 12 meses foi de 0,4%, o que encerrou ciclo de 39 meses de quedas consecutivas. A última alta nessa base acumulada havia sido em maio de 2014. Apesar da melhora, o País está longe de recuperar as perdas nos últimos três anos. Enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) só sentiu os efeitos da crise em 2015 e 2016, a indústria já vinha em queda desde 2014.
O nível da produção atual, de acordo com o IBGE, está equivalente de 2008. Para efeito de comparação, a indústria teve quedas de 3%, 8,3%, 6,4% em 2014, 2015 e 2016, respectivamente. Nos nove primeiros meses deste ano, a alta é de 1,6%. A previsão da LCA Consultores é de alta de 2% neste ano. "Digamos que descemos 10 degraus nos últimos três anos e estamos subindo um. É uma melhora, que tecnicamente tira a indústria da recessão, mas não recupera perdas", disse Everton Carneiro, analista da RC.
De acordo com o economista Rodrigo Nishida, da LCA, a indústria entrou nos últimos cinco meses em "trajetória mais firme de recuperação". Ele também advoga a tese de que a recessão no setor está no retrovisor. Nishida explica que a melhora da indústria, muito concentrada no início do ano em setores voltados para as exportações, começa a dar sinais mais forte de recuperação no mercado interno.
É o caso da indústria automotiva, que aproveitou a valorização do dólar em razão da crise para vender carretas, caminhões e veículos principalmente a mercados na América Latina no início do ano. Agora, as vendas diretas no Brasil estão se recuperando, ainda que lentamente. Na comparação de setembro com igual período do ano passado, a produção de automóveis teve alta de 26,4%, o que impulsionou a produção de bens de consumo duráveis (alta de 16,2%).
Os bens de capital também tiveram alta, de 5,7%. O grupamento é considerado um termômetro dos investimentos por ser composto por máquinas destinadas à produção. Na outra ponta, a construção civil continua a amargar perdas (-0,3%). "É uma recuperação lenta e gradual", afirmou André Macedo, técnico da Coordenação da Indústria do IBGE.

Balança comercial bate recorde para meses de outubro com US$ 5,2 bi

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 5,2 bilhões em outubro, o que representa um recorde para o mês desde o início da série histórica do governo, em 1989. O resultado representa também o nono recorde mensal consecutivo. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). De janeiro a outubro, o saldo entre exportações e importações tem superávit de US$ 58,5 bilhões. Trata-se do maior superávit da série histórica, tanto para os 10 primeiros meses do ano quanto para anos fechados.
Ao todo, as exportações no mês de outubro totalizaram US$ 18,9 bilhões, com valor médio de US$ 989,9 milhões. Já as importações somaram US$ 13,7 bilhões, com média diária de US$ 651,2 milhões. As exportações representam o quatro maior valor para meses de outubro, e as importações ocupam o oitavo maior resultado para o mês.
De acordo com o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações da Secex, Herlon Brandão, a expectativa de superávit para ano foi ampliada de aproximadamente US$ 60 bilhões para cerca de US$ 65 bilhões a US$ 70 bilhões. "Isso se justifica pelo desempenho das exportações. Temos US$ 30 bilhões a mais, com desempenho positivo de vários produtos, como a soja, minério de ferro, produtos siderúrgicos, tanto de volume, como de preços das exportações."
De acordo com o Mdic, o destaque da balança comercial no mês de outubro ficou por conta com exportação de minério de ferro, com crescimento de 59,9%; produtos semimanufaturados de ferro e aço (89%); máquinas e aparelhos para terraplanagem (127,5%); produtos laminados para ferro e aço (132,4%), e farelo de soja (45,4%).
As maiores reduções foram na venda de aviões (-US$ 57,3%), café cru em grão (-US$ 18,1%), tubos flexíveis de ferro ou aço (-US$ 30,5%), óleos combustíveis (-US$ 41,6%) e couros e peles (-US$ 11,9%). Já nas importações, o destaque foram os bens de capital, que tiveram alta pelo terceiro mês consecutivo.
 

Estudos de concessão de aeroportos são autorizados

Modelagem levará em consideração levantamentos apresentados

Modelagem levará em consideração levantamentos apresentados


/MARTIN BUREAU/AFP/JC
Oito consórcios foram autorizados, nesta quarta-feira, a iniciarem estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental nos 13 aeroportos qualificados, em agosto passado, pelo conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), para serem concedidos à iniciativa privada. De acordo com o edital, os estudos dos consórcios selecionados terão os valores ressarcidos pelos futuros vencedores dos leilões de concessão. O estudo de viabilidade selecionado do bloco de aeroportos do Nordeste terá o valor máximo de ressarcimento de R$ 30,7 milhões e incluem os terminais do Recife (PE), de Maceió (AL), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa e Campina Grande (PB).
Para o bloco de Mato Grosso, composto pelos aeroportos de Cuiabá, Rondonópolis, Alta Floresta, Sinop e Barra do Garças, o limite para ressarcimento do estudo técnico será de R$ 22,8 milhões. Para os aeroportos de Vitória (ES) e Macaé (RJ), o valor é de R$ 11,5 milhões. Os 13 aeroportos poderão ser concedidos à iniciativa privada individualmente ou em bloco, decisão que será tomada de acordo com o resultado dos estudos apresentados.
Os grupos autorizados terão prazo de 120 dias para a elaboração e conclusão dos estudos ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação, que servirão para subsidiar a modelagem das concessões dos aeroportos.