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Cultura

- Publicada em 24 de Novembro de 2017 às 08:27

Paralamas do Sucesso se apresenta nesta sexta-feira no Araújo Vianna

Trio apresenta novas canções pela primeira vez em Porto Alegre

Trio apresenta novas canções pela primeira vez em Porto Alegre


MAURICIO VALLADARES/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
Oito anos se passaram desde Brasil afora (2009), e enfim os Paralamas do Sucesso estão de volta com um novo disco de estúdio. Uma das mais longevas bandas do País - e ainda com a mesma formação desde o primeiro álbum, Cinema mudo (1983) -, o trio apresenta as novidades pela primeira vez em Porto Alegre.
Oito anos se passaram desde Brasil afora (2009), e enfim os Paralamas do Sucesso estão de volta com um novo disco de estúdio. Uma das mais longevas bandas do País - e ainda com a mesma formação desde o primeiro álbum, Cinema mudo (1983) -, o trio apresenta as novidades pela primeira vez em Porto Alegre.
Permeado por canções de Sinais do sim, lançado em agosto, e por clássicos da carreira, o espetáculo acontece nesta sexta-feira, no Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685). Herbert Vianna (voz e guitarra), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria) sobem ao palco às 21h, com o reforço de João Fera (teclados), Bidu Cordeiro (trombone) e Monteiro Jr. (sax). Ingressos entre R$ 80,00 e R$ 200,00 pelo site www.ingressorapido.com.br.
O registro veio após período em que o grupo excursionou com um show comemorativo aos 30 anos de carreira e, em seguida, com uma apresentação apenas em trio - sem a costumeira participação dos músicos adicionais. E a volta aos estúdios apresenta um Paralamas apresentando uma mensagem otimista, como o título já sugere. O nome do disco é o mesmo da faixa que abre o trabalho - e que faz parte do repertório ao vivo.
Apesar do viés romântico ("Sei que teu coração é meu/ Que algo em mim te convenceu", canta o vocalista), a faixa pode ser transposta para um cenário social. "Ao mesmo tempo, tem essa questão de aturar o sofrimento e as coisas não tão prazerosas em prol de um crescimento, para se estar melhor no final", interpreta Barone, completando: "Fala mais ou menos desse momento por que passamos, vivemos um período global muito estranho, bizarro. Parece que está havendo um retrocesso, a caretice está voltando com tudo".
Os músicos convidaram Mario Caldato Jr., que já trabalhou com nomes como Beastie Boys e Marisa Monte, para produzir o disco. Como resultado, houve uma priorização das guitarras de Herbert Vianna, acentuando o DNA roqueiro dos Paralamas - mas sem deixar de lado outras sonoridades exploradas ao longo da trajetória dos artistas, como o reggae ou baladas.
Medo do medo, por exemplo, é versão da banda para uma música da rapper portuguesa Capicua. A releitura do trio conta com guitarras distorcidas para ambientar um discurso sobre como o medo é usado oportunisticamente para gerar resultados políticos, econômicos e sociais. "É uma receita importantíssima para os picaretas de plantão", sintetiza o baterista.
Com clássicos da discografia nacional no currículo, como O passo do Lui (1984) e Selvagem? (1986), Barone acredita que atualmente o grupo sente mais liberdade do que pressão. "Estamos na era do streaming. Precisamos ver o jeito como se paga os artistas, os donos das obras. Mas acho que isso tudo é importante para firmar o aspecto da música enquanto arte e atualizar isso de maneira coerente enquanto fenômeno comercial", destaca ele, comparando com a época do monopólio das grandes gravadoras. "Muita gente tentava driblar esse filtro um pouco terrível de limitar muito a produção musical. Era uma coisa que realmente tinha um caráter de não abrir para todo mundo. Só quem conseguia entrar naquela panela se dava bem."
Após décadas em atividade, o grupo também não tem pressa. Para registrar Sinais do sim, os músicos trabalharam um repertório ao longo de cerca de dois anos, enquanto estiveram na estrada, e - recentemente - passaram mais alguns meses preparando o espetáculo. "É sempre um desafio, porque o show que todo mundo quer ver é aquele em que as pessoas conhecem todas as músicas", diverte-se ele. "Temos que equalizar isso de uma maneira legal, mas que ainda mantenha algum tipo de ambição artística", revela, completando: "Mas primordial é tocar, continuar fazendo shows, com gás. O Herbert é o mais empolgado: por ele, nós faríamos um show por dia".
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