Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 09 de Novembro de 2017 às 08:24

Ícone do jazz, Madeleine Peyroux faz show em Porto Alegre hoje

Francesa divulga seu e mais recente álbum: Secular hymns, de 2016

Francesa divulga seu e mais recente álbum: Secular hymns, de 2016


SHERVIN LAINEZ/DIVULGAÇÃO/JC
Foram longe os tempos em que a norte-americana Madeleine Peyroux, de 43 anos, assombrava o mundo pela enorme semelhança de sua voz com a da diva Billie Holiday (1915-1959). A cantora, que começou sua carreira nas ruas de Paris, no fim dos anos 1980, munida apenas de seu violão, aos poucos ganhou luz própria e se tornou uma estrela mundial do jazz. Hoje, ela se apresenta com ingressos quase esgotados no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, às 21h. Restam entradas para plateia baixa (R$ 240,00) e camarotes (R$ 180,00), à venda no local.
Foram longe os tempos em que a norte-americana Madeleine Peyroux, de 43 anos, assombrava o mundo pela enorme semelhança de sua voz com a da diva Billie Holiday (1915-1959). A cantora, que começou sua carreira nas ruas de Paris, no fim dos anos 1980, munida apenas de seu violão, aos poucos ganhou luz própria e se tornou uma estrela mundial do jazz. Hoje, ela se apresenta com ingressos quase esgotados no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, às 21h. Restam entradas para plateia baixa (R$ 240,00) e camarotes (R$ 180,00), à venda no local.
Madeleine tem álbuns comercialmente bem-sucedidos como Careless love (2004), Half the perfect world (2006) e Bare bones (2009). Bem conhecida do público do Brasil, ela volta agora para divulgar seu sétimo e mais recente álbum, Secular hymns, de 2016. Além da capital gaúcha, ela passou (ou irá se apresentar ainda) por Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte.
Diferentemente de seus outros discos, Secular hymns foi gravado por Madeleine na Igreja Parish of Saint Mary the Virgin, em Oxfordshire, Inglaterra, com o propósito de aproveitar a acústica e a atmosfera ímpares do local. "Estamos seguindo o mesmo conceito do disco, só que um pouco mais amadurecido. Vamos além das canções do álbum nesse show", conta ela.
"É um espetáculo bem intimista, de um disco em que fizemos tudo aquilo que fazemos, só que com muito mais naturalidade. Cada um de nós está ali, nu, promovendo uma simbiose, movendo-nos em torno de nós mesmos. É um show muito bom de fazer, podemos ser bem versáteis nele", explica a diva.
O repertório de Secular hymns - como avisa o nome, formado por canções em forma de hinos - vai do bardo norte-americano alcoolizado Tom Waits (Tango till they're sore) ao poeta jamaicano do reggae Lynton Kwesi Johnson (More time), passando pelo mestre da música suingada de New Orleans Allen Toussaint (Everything I do gon be funky (from now on) e Stephen Foster, compositor norte-americano do século XIX (Hard times come again no more).
"Sim, são canções muito diferentes, mas que têm um aspecto orgânico que lhes é muito natural. Muitas sofreram uma influência do folk, não são lá muito sofisticadas... na verdade, elas estão no meio do caminho, o que é algo que me atrai muito. E conhecia todas elas há um bom tempo", conta Madeleine.
De suas passagens pelo Brasil (onde iria estrear com estardalhaço em 1998, num Free Jazz Festival no Rio de Janeiro, mas acabou cancelando a vinda pouco antes), Madeleine Peyroux tem muito o que contar. Na capital carioca ela fez muitos amigos, ganhou um importante admirador - o sambista Martinho da Vila, com quem gravou Madeleine, I love you, recriação de Madalena do Jacu - e viu surgir a inspiração para uma de suas composições, Meet me in Rio. Não há dúvidas que mais histórias virão dessa nova visita.
Entre idas e vindas, muita água passou por debaixo da ponte de Madeleine Peyroux. Ano passado, completaram-se 20 anos do lançamento de Dreamland, álbum de estreia daquela jovem cantora que lembrava Billie Holiday, interpretando canções próprias e alguns standards do jazz.
Saudosismo não é uma palavra que, a hoje experiente artista, use para referir-se àqueles tempos, em que a renovação do jazz era aguardada com ansiedade pelos críticos e pelo público. Madeleine tem a percepção do que significa ser o que ela é hoje, ainda mais depois que cantoras mais jovens, como Stacey Kent e Melody Gardot, chegaram para disputar o mercado do jazz.
"Muita coisa mudou, e eu mesma mudei muito. Uma das coisas mais maravilhosas é que a minha voz começou a amadurecer lá pelos 35 anos, e foi ganhando mais personalidade, o que me inspirou a ser mais emocional. Envelhecer é muito bom, você passa a compreender conceitos filosóficos que não entendia e vê que há muito mais que você pode fazer", finaliza.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO